«Quero voltar a ser o Vitinha do SC Braga»
Vitinha, avançado português que representa atualmente o Génova, concedeu uma entrevista à Gazzetta dello Sport na qual abordou a carreira, o momento atual e as dificuldades que enfrentou, nomeadamente durante a passagem pelo futebol francês, ao serviço do Marselha.
Depois de se destacar no SC Braga, a ida para o clube francês não correu como esperado, confessando que questões familiares afetaram o rendimento. «Foi um período difícil do ponto de vista mental. Também me preocupava com a minha mãe, Maria, que agora está melhor. Ela também jogava futebol: futsal, era atacante como eu», partilhou Vitinha.
Em Génova desde janeiro de 2024, o avançado sente que está a regressar à melhor forma. «Quero voltar a ser o Vitinha de Braga e estamos todos a trabalhar para esse objetivo. O programa está a correr bem e estamos a gerir bem a carga de treino para evitar lesões. Esta é essencialmente a minha terceira época no Génova, mas é inegável que as lesões me atrasaram até agora», afirmou.
Sobre a nova época, Vitinha mostrou-se confiante e elogiou o ambiente na equipa. «Outros jogadores vão certamente chegar. Penso que vamos começar a nova época com uma grande equipa e um grande grupo. Lembrando que a filosofia do 'nós', e não do 'eu', sempre se aplica aqui. Porque eu, o treinador ou qualquer colega de equipa sozinho não podemos fazer nada», sublinhou.
Questionado sobre a Seleção Nacional, o jovem não escondeu a ambição: «É a ambição de todos. Difícil, mas não impossível. E no Mundial... só de pensar já é uma alegria», confessou. O jogador, que atua preferencialmente como ponta de lança, também falou da versatilidade e da vontade de ajudar a equipa: «Sou um número nove, mas no ano passado pediram-me coisas diferentes. Se tenho de ajudar a equipa, faço-o com todo o gosto. Posso ficar na frente ou jogar mais atrás. No entanto, vou trabalhar sempre para provar que posso ser titular. Dar o meu melhor: é essa a minha filosofia de vida dentro e fora do relvado.»
«Estou finalmente à vontade a falar italiano, e isso é o que conta. E depois, em Génova, encontrei o amor graças à Martina. Uma pessoa positiva: não é adepta do Rossoblù, mas apoia-me em tudo. E, com ela, tenho agora a estabilidade emocional que me faltava: sim, estou mais calmo e mais feliz», continuou.
Por fim, Vitinha recordou um momento marcante da última época. «O golo frente ao Milan foi um golo muito importante, porque me permitiu avançar com mais tranquilidade. Só me interessa ser um exemplo para os jovens, no campo e no balneário. Olhem para o ano passado. Fizemos excelentes exibições mesmo contra as grandes equipas. É isso que me agrada no Génova. Não temos medo e, mesmo quando os outros têm mais qualidade, colocamos mais ritmo e a nossa garra em campo», concluiu.