«Presidente, pague lá o que deve a estes rapazes! E já!», a crónica do Boavista-Chaves
Foto: Imago

«Presidente, pague lá o que deve a estes rapazes! E já!», a crónica do Boavista-Chaves

NACIONAL18.09.202322:31

Salários em atraso no dia a dia do Bessa mexem com o orgulho das panteras que, aos 11’, já venciam por 3-0! E são líderes da Liga... bem merecem ser tratados com maior respeito

Sim, amamos o futebol, mais ainda quando nos dá jogos loucos, muitos golos, alta intensidade e vontade, como protagonizado pelo Boavista frente ao Chaves: 1-0 aos 40 segundos, 2-0 aos 5 minutos, 3-0 aos 11’ e 4-0 aos 23’.

E que golos!, destacando-se com elevada nota artística um dos dois apontados por Bozeník, a grande figura do jogo que num pontapé moinho lindo de se ver. Resumido o arranque de jogo de uma pantera cheia de pressa, arrumemos como ela a questão já e passemos a algo que também interessa. E muito! 

Porque, sim, amamos o futebol, mas há valores muito mais elevados e fundamentais para lá do maravilhoso jogo que, semana a semana, mexe com emoções, nos leva ao êxtase ou à tristeza profunda em segundos, nos  marca, por vezes, para a vida. 

E é de vida que aqui se escreve. De dignidade, de direitos humanos, de compromisso. De vida, repetimos. Da vida do dia a dia, das compras para casa. E nas linhas que se seguem não cabe o contra-argumento de que esta conversa não cabe no futebol, no qual «se ganha milhões», etc, etc. Porque só uma minoria ganha esses milhões — é verdade que, na Liga principal de Portugal há excelentes ordenados, mas também esses são exceção.

De facto, quando falamos de clubes como o Boavista, mão cheia de jogadores poderá ter um bom salário, mas muitos estarão abaixo dessa linha com contribuições baixas. Mas, independentemente de estarem num ou noutro estrato, o direito de receberem pelo seu trabalho é inatacável. Trabalham todos os dias, têm de ganhar por isso. A tempo e horas.

Ora, ‘isso’ é precisamente o que há muito tempo não acontece no Boavista, no qual o problema dos salários em atraso se arrasta há demasiados meses. E afeta não só jogadores e técnicos, mas também demais funcionários dos axadrezados. Um drama que não deveria continuar a marcar o dia a dia do futebol português, mas que pelos vistos tem laivos de sistémico.

Petit, o treinador das panteras, falou disso na véspera do jogo com o Chaves, numa chamada de atenção para as dificuldades de trabalhar nestas circunstâncias. E é porque amamos o futebol, mas sabemos que há bens maiores, que seguimos a deixa do treinador e escrevemos esta crónica em solidariedade com todos os que sofrem o flagelo social dos salários em atraso. Presidente, pague o que deve a estes rapazes. E pague já! Olhe para a classificação! Estão em primeiro, veja lá...

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