O que se diz lá fora sobre a vitória «revolucionária» do Benfica
Prestianni e Schjelderup celebram golo do Benfica, a única equipa portuguesa nos oitavos de final da prova (Foto: Miguel Nunes)

Benfica-Bayern, 1-0 O que se diz lá fora sobre a vitória «revolucionária» do Benfica

NACIONAL25.06.202506:20

Águias «suaram melhor a camisola» do que o Bayern, que pagou «por um pecado de presunção». Elogios a Trubin, ao «eterno» Di María e a Bruno Lage

O triunfo inédito do Benfica sobre o Bayern gerou as mais variadas reações na Imprensa europeia, pelas implicações que teve para o Mundial de Clubes e até pelo resultado histórico que foi.

Começando pela Alemanha, foram mais os elogios para o Benfica do que as críticas ao Bayern. «Com 36 graus em Charlotte e um sol abrasador, o Benfica foi melhor desde o início e colheu os frutos desde cedo», escreve o Bild. «O Bayern está chateado. Se tivesse vencido o grupo, teria enfrentado o Chelsea e, nos possíveis quartos de final, o Palmeiras ou o Botafogo, todas tarefas factíveis.»

Já a Kicker apontou a rotação promovida por Vincent Kompany como uma das razões por trás do resultado: «Fez uma grande rotação após a vitória por 2-1 contra o Boca Juniors, o que significou uma entrada antecipada nos oitavos de final - sete novos jogadores estavam no onze inicial.»

«O Bayern teve grandes dificuldades em abrir o jogo. Faltaram passes em profundidade, velocidade e finalização contra os portugueses, que se posicionaram bem à beira da grande área e se movimentaram bem», acrescenta a revista. «Na 2.ª parte, o Bayern «teve mais iniciativa» e «manteve-se na luta», mas «no final, foi uma vitória apertada do Benfica, que derrotou o campeão alemão pela primeira vez num jogo competitivo.»

O Benfica, ou melhor, Bruno Lage, percebeu melhor do que ninguém o que se avizinhava para Charlotte.

Indo a Espanha, a Marca elogia Di María e Bruno Lage.

O jornal afirma que este resultado, que é «revolucionário» para o Mundial, aconteceu porque o Benfica «soube suar melhor a camisola do que o Bayern, sob calor infernal». «O Benfica, ou melhor, Bruno Lage, percebeu melhor do que ninguém o que se avizinhava para Charlotte e deu instruções aos seus jogadores para saírem a jogar até aguentarem. E fizeram-no», apontou também.

Di María «não é eterno, mas parece ser»: «Voa mesmo em condições extremas e, quando tem de ir para a frente, continua a fazê-lo como se estivesse no primeiro dia da carreira.»

O Benfica tinha uma espécie de complexo de inferioridade acentuado em relação ao Bayern

O Mundo Deportivo, deixou mais rasgados elogios a Trubin, eleito o homem do jogo. «Susteve a equipa do Bayern com três grandes intervenções» e «foi crucial para o conjunto lisboeta».

Indo a Itália, a Gazzetta dello Sport destaca a vitória histórica dos encarnados: «O Benfica tinha uma espécie de complexo de inferioridade acentuado em relação ao Bayern: 13 jogos, nenhuma vitória e apenas três empates. Hoje, a primeira vingança, depois de tanta espera.»

«O Bayern pagou por um pecado de presunção, ou erro de cálculo», pelo menos na 1.ª parte, porque após o intervalo «teve três oportunidades colossais para empatar, mas Trubin fez milagres», escreve também.

Há ainda destaque para a vitória encarnada após «uma época difícil» em Portugal: «O Benfica fica com alguma satisfação depois de um ano amargo em casa, dado que perdeu o campeonato na última jornada e também a Taça, sempre contra o arquirrival Sporting

Por fim, por terras gaulesas, o RMC Sport olha para as consequências desta «vitória milagrosa portuguesa» no emparelhamento dos quartos de final: «Como o Bayern terminou no 2.º lugar no Grupo C, o clube vai enfrentar o Flamengo nos oitavos de final. Mas pode ser o adversário do PSG nos quartos de final.»

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