«O jogador português é o melhor profissional que há no futebol europeu»
Roberto Martínez, selecionador de Portugal. Foto: IMAGO/PA Images

«O jogador português é o melhor profissional que há no futebol europeu»

NACIONAL29.02.202417:07

Roberto Martínez esteve no almoço de empresários da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, em Lisboa, esta quinta-feira, para falar sobre a experiência de liderança em grupo

O selecionador de Portugal elogiou a ética de trabalho do jogador português e considerou-se sortudo pelos atletas que tem à disposição para convocar para a seleção.

«Portugal tem 82 jogadores nas grandes ligas do mundo e é uma sorte para mim poder orientar estes jogadores. O meu trabalho é priorizar as dinâmicas no grupo, porque podemos jogar com um estilo defensivo, de ataque e de contra ataque», disse o treinador, citado pela Lusa.

O espanhol acrescenta que «nunca tinha visto» uma mentalidade ganhadora como a do jogador luso: «É muito competitvo. Isso é uma grande virtude e difícil de encontrar hoje em dia.»

No balneário há uma cultura homogénea, a mesma língua, a mesma cultura e uma das minhas responsabilidades é saber onde nasceram os nossos jogadores e quais são os seus objetivos de jogar na seleção.

Martínez também elogiou «a estrutura profissional» da Federação Portuguesa de Futebol e que, ao vir para Portugal em janeiro de 2023, sentiu «um sentimento especial. Foi como voltar a casa na forma de viver, o clima e hospitalidade do português».

O treinador de 50 anos comparou depois a experiência de treinar a seleção da Bélgica, onde esteve por sete anos, com a equipa das quinas: «Vim da Bélgica onde tive de construir esse ambiente para poder trabalhar. No balneário [português] há uma cultura homogénea, a mesma língua, a mesma cultura e uma das minhas responsabilidades é saber onde nasceram os nossos jogadores e quais são os seus objetivos de jogar na seleção. Na Bélgica, que tem 11 milhões habitantes, há, por exemplo, três idiomas.»

Por fim, Martínez disse que «o ego é o mais positivo que existe» porque «isso quer dizer que a pessoa se sente capaz e sente-se mais capaz do que os outros». «O importante é o comportamento, é criar um ambiente de alto rendimento. Uma equipa não se motiva. Essa não é parte forte, mas sim o compromisso», concluiu.