«Nunca vi adeptos como os do Boca Juniors»
Ao longo da história centenária de Benfica e Boca Juniors, registaram-se quatro jogos particulares entre os dois conjuntos, o último dos quais em 1995, nos Estados Unidos. A 5 de agosto, no Giants Stadium, em Nova Jérsia, águias e xeneizes empataram 1-1, no tempo regulamentar. No meio-campo encarnado pontificava Valdo, então com 32 anos, que realizava os primeiros jogos no regresso ao Benfica, depois de quatro temporadas no PSG.
Em conversa com A BOLA, o antigo médio criativo alertou as águias para a magnitude do desafio que vão enfrentar esta segunda-feira: «Será um jogo bastante equilibrado, não acho que o Benfica terá a facilidade toda que muita gente espera. Há que ter respeito pelo Boca. Podem não conhecer, mas a entrega física é impressionante.»
«O Boca não mudou, tem sempre aquela raça e vontade de vencer impressionantes desde o guarda-redes até ao último elemento do banco» avisou Valdo, com recurso à experiência acumulada de batalhas com os xeneizes ao serviço do Grêmio de Porto Alegre.
O antigo médio recusa conceder favoritismo total às águias pela diferença de cansaço acumulado entre as duas equipas e pelo perfil dos comandados de Miguel Ángel Russo. Ainda assim, Valdo aponta um ponto a favor dos encarnados: «Nunca vi adeptos como os do Boca, felizmente não vai ser na Bombonera. Só tem noção quem jogou lá, é fantástico, a intensidade roça quase a violência.»
Apesar da partida ser disputada em Miami, que apresenta uma percentagem elevada de população latina, Valdo defende que os encarnados vão fazer-se ouvir no Hard Rock Stadium: «O Benfica onde vai carrega o mundo atrás dele.»
No último duelo, penáltis, expulsões... e mais penáltis
Valdo foi uma das figuras do último duelo entre Benfica e Boca Juniors. O médio brasileiro inaugurou o marcador da marca dos 11 metros aos 15', perante uma plateia ainda a habituar-se ao futebol jogado com o pé. O Boca Juniors empataria o duelo de históricos aos 75’, por intermédio do defesa Medero, quando jogava com mais um elemento, depois de Hassan ter recebido ordem de expulsão aos 40'.
Contactado por A BOLA, o avançado marroquino confessa não se recordar do lance que originou o cartão vermelho, mas relembra que sofreu a falta que Valdo transformou em golo. O avançado celebrizado em Portugal graças a dez temporadas de alto nível no Farense recorda um duelo que de pré-época teve muito pouco: «Foi um jogo duro, jogo de raça, argentinos são assim, a irem ter com o árbitro no lance do penálti.»
Ainda assim, «o importante foi estar com o glorioso», frisou o antigo avançado, atualmente membro da estrutura do Wydad Casablanca, representante de Marrocos no Mundial de Clubes. Hassan frisa que gostaria que os dois conjuntos coincidissem no mesmo grupo nos Estados Unidos.
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