A Roma venceu com uma reviravolta o Sassuolo na 14.ª jornada da Serie A (1-2) e na conferência de imprensa pós-jogo, José Mourinho, que fala italiano fluentemente, decidiu comunicar apenas em português. «Falo em português porque o meu italiano obviamente não é forte o suficiente para expressar certos conceitos», começou por justificar o treinador que, antes do jogo, afirmara que o árbitro do mesmo não tinha «estabilidade emocional». Mourinho explicou os seus comentários foram mal-entendidos porque, quando abordou a estabilidade emocional do árbitro, «estava a falar da qualidade que é necessária na vida e no futebol para atuar ao mais alto nível.» Apesar desta polémica, o treinador acabou por elogiar a prestação desse mesmo árbitro: «A sua performance foi muito boa, ao contrário de outros jogos em que demonstrou algumas lacunas.» De resto, o treinador português era um homem satisfeito com a vitória sobre o Sassuolo – depois do jogo fez questão de abraçar todos os jogadores da Roma e elogiou-os bastante na conferência de imprensa. «Mesmo quando estava a perder, eu sentia-me otimista porque a equipa estava a jogar bem. Também estou contente com a reação da equipa e o balanço emocional que ela teve», afirmou. Mourinho enalteceu também o papel do diretor desportivo da Roma, Tiago Pinto, que, juntamente com a direção do clube, têm dado ao treinador «a estabilidade emocional para liderar a equipa da melhor maneira». Outra polémica com… Berardi Por fim, Mourinho não deixou de fazer um comentário que, para a imprensa italiana, era direcionado à estrela da equipa do Sassuolo, Domenico Berardi. Perto do final do jogo, quando a Roma defendia a sua vantagem, a bola foi parar à zona técnica da equipa e não foi devolvida aos jogadores do Sassuolo, que a queriam colocar em jogo rapidamente. Recorde-se que na conferência de imprensa pré-jogo, Mourinho referira que Berardi «precisa de ter mais respeito pelos adversários e pelo jogo, pois faz de mais para desestabilizar o jogo, para ganhar penáltis inexistentes». Ora sobre este caso no final da partida, o treinador de 60 anos disse: «Quanto à bola que não foi devolvida no final, dissemos aos jogadores do Sassuolo que, para receberem fair-play, têm de o dar, e na equipa deles há um jogador que não tem fair-play.»
