1937-2025 O onze de Pinto da Costa: de Vítor Baía a Domingos e um 'preferido'

NACIONAL15.02.202522:00

O onze constituído pelos mais utilizados na era Pinto da Costa: Vítor Baía; João Pinto, Jorge Costa, Aloísio e Paulinho Santos; Semedo, André e Drulovic; Jaime Magalhães, Gomes e Domingos

João Pinto, talvez o mais histórico dos capitães do FC Porto, foi o jogador mais utilizado nos 42 anos de presidência de Pinto da Costa. Nada menos de 576 dos 2103 jogos dos últimos 42 anos tiveram a sua presença: 27 por cento. O defesa-direito pertence a um grupo restrito de grandes jogadores que só vestiram a camisola de um clube. Tal como Giggs  (Manchester United), Maldini (Milan), Totti (Roma), Puyol (Barcelona), Carragher (Liverpool) e Muller (Bayern), entre mais alguns outros.

O primeiro jogo de João Pinto com Pinto da Costa na presidência (A BOLA)

João Pinto estreou-se na primeira equipa do FC Porto a 1 de dezembro de 1981, no Estádio da Luz, frente ao Benfica, na primeira mão da Supertaça Cândido de Oliveira (derrota por 0-2), substituindo Teixeira, aos 70’. O presidente dos dragões era ainda Américo Sá. O primeiro jogo de JP com PC a presidente aconteceu na época seguinte, a 5 de setembro de 1982, num SC Braga-FC Porto da 3.ª jornada (vitória por 2-1), entrando para o lugar de Sousa, ao minuto 67.

João Pinto ganharia a titularidade perto do final do ano, relegando Gabriel para o banco de suplentes. Terminaria a temporada com 32 jogos e 1 golo marcado. E dois anos mais tarde, a 21 de novembro de 1984, entra André nas contas, estreando-se no FC Porto-Farense (5-0) da ronda 7 de 1984/1985, substituindo Frasco.

CHEGAM DOMINGOS E BAÍA

A 21 de novembro de 1987, aparece Domingos Paciência a defrontar o Moura para a Taça de Portugal no primeiro dos seus 381 jogos pelos dragões. Sem João Pinto e André entre os utilizados. Menos de um ano mais tarde, a 11 de setembro de 1988, na quarta jornada de 1988/1989, João Pinto, André e Domingos assistem à estreia, em Guimarães, daquele que terminaria a carreira com apenas menos dez jogos do que JP: Vítor Baía. Aproveitando grave lesão de Mlynarczyk e problemas disciplinares de Zé Beto, Quinito entregou-lhe a baliza no empate a um golo. Zé Beto voltou à titularidade no jogo seguinte, mas no início de 1989, já com Artur Jorge de regresso, Baía tornou-se, em definitivo, dono da baliza azul e branca e cimentaria, até 20 de maio de 2007, dia em que substituiu Helton aos 86 minutos para se tornar campeão nacional pela 10.ª e derradeira vez.

A última análise individual a Vítor Baía (A BOLA)

Jorge Costa: 383 jogos e 25 golos

Quando se fala nos maiores capitães da história do FC Porto, fala-se em João Pinto, Fernando Gomes, Jorge Costa, Vítor Baía e, nos últimos anos, em Pepe. Os quatro primeiros ganharam quase tudo de dragão ao peito: Campeonato Nacional, Taça de Portugal, Supertaça Cândido de Oliveira, Liga dos Campeões, Supertaça Europeia, Taça UEFA e Taça Intercontinental. Porém, os dois primeiros não têm a Taça UEFA e os dois seguintes não têm a Supertaça Europeia. Pepe ganhou tudo, mas só no Real Madrid chegou aos troféus internacionais.

EIS ALOÍSIO

O terceiro jogador mais utilizado da era Pinto da Costa, o brasileiro Aloísio Alves, estreou-se na primeira jornada de 1990/1991, a 18 de agosto de 1990, num triunfo caseiro por 2-0 frente ao Penafiel. Duas jornadas mais tarde, na receção ao Boavista (3-1), juntar-se-iam no relvado das Antas aqueles que são agora cinco dos seis mais utilizados da era PC: Vítor Baía, João Pinto, Aloísio, André e Domingos Paciência.

É O BICHO, É O BICHO...

Jorge Costa, o que faltava do sexteto mais utilizado, chegaria a 25 de agosto de 1992. E a 8 de novembro do mesmo ano, nas Antas, frente ao Benfica (1-0), o brasileiro Carlos Alberto  Silva  colocou, finalmente, os seis em campo: Vítor Baía, João Pinto, Jorge Costa, Aloísio, André e Domingos Paciência.

Onze histórico do FC Porto, com Vítor Baía, João Pinto, Jorge Costa, Aloísio, Semedo, André e Domingos

O ONZE DOS 456 JOGADORES

O onze constituído pelos mais utilizados dos últimos 42 anos é este: Vítor Baía (566 jogos); João Pinto (576), Jorge Costa (383), Aloísio (474) e Paulinho Santos (316); Semedo (314), André (385) e Drulovic (327); Jaime Magalhães (359), Fernando Gomes (257) e Domingos (381). Nada mau. Era só escolher entre os 456 jogadores utilizados pelos 26 treinadores de PC.