Mário Silva: «Em 22 anos no futsal, nunca vi esta vergonha»
(Diogo Pinto/FPF)

Mário Silva: «Em 22 anos no futsal, nunca vi esta vergonha»

FUTSAL21.01.202423:13

Treinador do Benfica estava extremamente desiludido com a prestação dos árbitros e considerou que a sua equipa foi a melhor na quadra

O Sporting venceu a Taça da Liga de futsal ao derrotar o Benfica por 4-2 e após a partida, em declarações ao Canal 11, o treinador das águias, Mário Silva, criticou fortemente a ação de Taynan, jogador dos leões que, quando estava no banco, invadiu a área de jogo e impediu uma jogada de ataque da sua equipa, quando esta ameaçava o empate a poucos minutos do fim. 

«Eu ensino aos meus filhos que, entre o caminho certo e o caminho mais rápido para ganhar, escolham o caminho certo. E desde que entrei no futsal há 22 anos, nunca vi esta vergonha que se passou aqui hoje. Isto, em 2024, acontecer no desporto é… nem consigo adjetivar, fiquei triste», revelou.

«Sou do tempo, com 22 anos de futsal sénior, em que atletas aqueciam por detrás dos bancos para poder fazer esta vergonha, em que se molhavam campos para poder fazer esta vergonha... Isto [um jogador adversário (Taynan) saiu do banco de suplentes, entrou em campo, travou um ataque do Benfica em superioridade numérica e viu apenas um cartão amarelo... a instituição Sporting também não merece ganhar dessa forma», acrescentou.

O treinador também demonstrou a sua incredulidade pelo facto de Taynan, por esta infração, não ter sido expulso: «O apelo que eu faço é este: se estas situações forem admoestadas com cartão amarelo e não houver um castigo severo, sério, para quem está fora da superfície de jogo e entra para parar o jogo, não sei onde vamos parar.» Mário Silva acrescentou: «Sinto que não me deixaram ter outra medalha ao peito, a mim e aos meus atletas.»

Analisando o resto da partida, o treinador do Benfica considerou que a sua equipa «foi a melhor durante os 40 minutos, mas nem sempre a melhor equipa ganha, ganha quem acaba por ter mais eficácia». «O Sporting, por competência própria conseguiu sempre manter-se na frente o marcador.»