Marco Silva: «Está a começar a ver-se alguma coisa do processo que Amorim quer»
Presente na gala do jornal O Gaiense, Marco Silva avaliou a temporada do Fulham, oitavo classificado da Premier League e presente nos quartos de final da Taça de Inglaterra.
«A boa época do Fulham? Deve-se à qualidade dos jogadores, naturalmente. Por muito bem que possamos fazer o nosso trabalho, se não tivermos qualidade à nossa volta é muito complicado. Com alguma estabilidade, é normal que o processo esteja adquirido, e mesmo com algumas mudanças, porque o clube tem de vender, temos conseguido construir a equipa e apresentar uma dinâmica», disse aos jornalistas.
Apesar da boa campanha na Liga inglesa, o técnico português recusou estabelecer uma meta classificativa para os cottagers.
«Desde o princípio da época que definimos que queríamos ficar na parte de cima da tabela. É muito difícil ganhar jogos àquele nível. Queremos ficar na primeira metade da tabela, e se pudermos lutar por algo mais iremos fazê-lo. Estamos também nos quartos de final da Taça, o que é importante para nós, e tudo pode acontecer», atirou.
«Chegar à Champions? Temos de ser realistas. É óbvio que percebemos que há alguns clubes de dimensão que não estão ao nível que normalmente estão e que deveriam estar. Naturalmente, abre algumas portas de oportunidade para alguns clubes. Há clubes que estão a fazer grandes temporadas também, como o Nottingham, portanto, nós temos de fazer o nosso trabalho a ganhar jogos», acrescentou.
Marco Silva aproveitou ainda para avaliar os desempenhos dos compatriotas, Vítor Pereira, Ruben Amorim e Nuno Espírito Santo, referindo que já se nota o dedo do ex-treinador do Sporting no Manchester United.
«O Nuno já está há muito tempo no futebol inglês. Chegou no ano passado, num momento em que o Nottingham não estava a ter bons resultados, e conseguiu o primeiro objetivo da equipa. Este ano está a fazer uma época brilhante, tem uma equipa muito competitiva, como é normal nas equipas do Nuno. O Vítor conseguiu ter um impacto mal chegou também. E o Ruben está num clube diferente, num clube de uma dimensão diferente também. Está a começar a ver-se alguma coisa do processo que ele quer e, naturalmente, será jogo a jogo. Todos sabemos que a Premier League é uma competição muito diferente, cada desafio que enfrentamos requer uma preparação muito grande. Todos a fazerem o melhor que podem e a representar bem o futebol português», concluiu.