Man. City quer esquecer o passado frente a um frágil Crystal Palace
(IMAGO)

ANTEVISÃO Man. City quer esquecer o passado frente a um frágil Crystal Palace

INTERNACIONAL16.12.202308:10

Em cinco jogos da Premier League este sábado, o destaque vai para o Man. City, que não quer perder o comboio na luta pelo título. Há também uma batalha por posições europeias e muitas equipas envolvidas na luta pela manutenção

Com uma corrida pelo título da Premier League nas mãos, este é um jogo essencial para o Manchester City, que viajará depois para a Arábia Saudita para participar no Mundial de Clubes – joga três dias depois com o Urawa Reds – e é muito provável que Erling Haaland ainda não possa jogar com o Crystal Palace, por se encontrar ainda a recuperar de lesão. A ausência do norueguês (19 golos em 22 jogos esta época) é um golpe duro na produção ofensiva da equipa.

Nas últimas cinco jornadas da Premier League, assistiu-se a um Man. City estranhamente frágil: a equipa de Rúben Dias e de Bernardo Silva só venceu no último jogo, na casa do Luton Town (1-2) e antes disso conquistara apenas três pontos em quatro jogos. O City continua a dominar os seus jogos – é a equipa com mais golos marcados, mais remates à baliza e mais passes realizados –, mas tem demonstrado alguma permeabilidade na defesa – 10 golos sofridos nesses cinco jogos. 

Ainda assim, espera-se que o Crystal Palace enfrente um jogo complicado no Estádio Etihad.

Os eagles somaram apenas um ponto nos últimos cinco jogos e o lugar do treinador, Roy Hogdson, tem sido posto em causa, já que a sua equipa está no 15.º lugar, com 16 pontos e o segundo pior ataque da liga – 15 golos marcados. 

Para além disso, a lista de lesionados é extensa, com destaque para o criativo Eberechi Eze e há dúvidas sobre a presença de Odsonne Edouard, que saiu lesionado do último jogo, com o Liverpool, ele que é o melhor marcador da equipa (seis golos).

No confronto direto entre estas duas equipas, o Crystal Palace já por duas vezes venceu a equipa treinada por Pep Guardiola desde que o catalão chegou a Manchester, em 2016. Ainda assim, desde então o City venceu o Palace por 15 vezes e empatou outras três.

O Chelsea ocupa um desapontante 12.º lugar, com apenas 19 pontos conquistados, somando três derrotas, um empate e uma vitória – com o Brighton – nos últimos cinco jogos. O técnico Mauricio Pochettino até já pede novos reforços para janeiro, afirmando, após a derrota com o Everton, que «falta algo» à sua equipa.

Para além disso, o clube anunciou na última sexta-feira que três jogadores – o guarda-redes titular Robert Sánchez e os laterais Reece james e Marc Cucurella – enfrentam ausências prolongadas.

Ainda assim, os blues vão receber o Sheffield United, que ocupa o último lugar da Premier League em vários parâmetros: em termos de pontos (oito), golos marcados (12) e golos sofridos (41). No entanto, os blades vêm de uma vitória moralizadora com o Brentford (1-0) e com o bem-amado Chris Wilder a fazer o seu terceiro jogo desde que regressou ao comando técnico da equipa, o Sheffield procurará vencer pela primeira vez fora de casa esta época.

O Newcastle navega por águas turbulentas nesta fase da época – vem da eliminação das competições europeias frente ao Milan (1-2) e de duas derrotas seguidas no campeonato (com Everton e Tottenham). Os magpies já perderam mais jogos (seis) nesta edição da liga do que na totalidade da época anterior (cinco) e é nesta fase, com sete jogadores ausentes (entre os quais o capitão Kieran Trippier, suspenso) que a equipa vai receber o Fulham de Marco Silva, que vem de duas vitórias seguidas por 5-0, com o Nottingham Forest e o West Ham.

O ataque da equipa londrina tem estado a voar, fazendo 17 golos nas últimas quatro jornadas – para comparação, a equipa marcara apenas nove vezes nos 12 jogos anteriores. No entanto, a visita ao norte de Inglaterra adivinha-se difícil, até porque o Fulham ainda só ganhou um de 8 jogos na condição de visitante, enquanto o Newcastle venceu os seus últimos seis jogos no St. James’ Park. 

No sul de Inglaterra, o Bournemouth recebe o Luton Town como uma das equipas em melhor forma na Premier League já que, nas últimas cinco jornadas, conquistou 13 pontos – tantos como o Liverpool e o Aston Villa – coroando esta série com o estrondoso triunfo no terreno do Man. United (0-3). Os homens de Andoni Iraola estão assim num confortável 14.º lugar, com 19 pontos, mais 10 do que a primeira equipa na zona de despromoção, o Luton. 

A equipa de Kenilworth Road é sempre competitiva (empatou com o Liverpool e esteve a ganhar a Arsenal e Man. City, antes de perder em ambos os casos), mas o ponto na Premier League está muito caro e, tendo feito o menor investimento de todas as equipas do campeonato no mercado de verão, os hatters têm passado pelas esperadas dificuldades e são um dos principais candidatos a acabar por descer de divisão. 

O último jogo do dia conta com um vulnerável Burnley a receber um revigorado Everton – desde que foi castigada com a perda de 10 pontos, a equipa venceu três jogos consecutivos, recuperando nove desses pontos e jogando com confiança e com uma união que, talvez, foi em parte trazida pela maior dedução de pontos da história da Premier League. O português Beto tem sido habitual suplente utilizado e marcou ao Newcastle.

De resto, a equipa de Sean Dyche – que vai regressar a um local onde esteve durante 10 anos – só perdeu um dos últimos sete jogos realizados para o campeonato. E o mesmo não se pode dizer do Burnley.

Os comandados de Vincent Kompany têm apenas oito pontos somados, os mesmos que o último classificado Sheffield United. No entanto, só perderam um dos últimos três jogos e o Everton é o adversário que mais vezes venceram em casa nos últimos 10 anos – cinco vitórias em oito jogos.

Num duelo na fuga à despromoção, as duas equipas procurarão a vitória e, por isso, poderão protagonizar um jogo animado.