Gasset: «Golo dá-nos esperança para a segunda mão»

Gasset: «Golo dá-nos esperança para a segunda mão»

Treinador do Marselha acredita num bom resultado em casa, mostrou-se feliz pela presença dos adeptos

Jean-Louis Gasset mostrou-se conformado com a derrota por 2-1 frente ao Benfica, na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, mas espera que a jogar em Vélodrome a equipa possa discutir o resultado.

Tudo o que disse Jean-Louis Gasset:

— Parecia estar a tomar o caminho uma grande desilusão, e afinal está tudo em aberto.

— Sim, os trinta últimos minutos e o golo dão-nos muita esperança para a segunda mão.

— Um dos seus jogadores lesionou-se antes do intervalo, o que disse para dar esperança à equipa no balneário?

— Os quartos de final da Liga Europa são sempre dois jogos. Temos ainda a segunda mão em casa, sofremos o segundo golo quando estávamos a atacar, a partir do momento em que estamos a perder 2-0 houve alguns percalços, de facto. A lesão do Merlin, do Mbemba também, que deu tudo por tudo. Ontem tomou a decisão de jogar e era necessário mudar o sistema e encontrar laterais, porque, como sabem, não temos muitos, e aí de facto temos um jogador lesionado na primeira parte. Se disputássemos melhor e com mais certezas todas estas bolas, se tivéssemos mais elementos no meio-campo em algumas situações e se tivéssemos jogado melhor no geral, podíamos ter marcado mais.

— Houve muitas mudanças táticas e substituições, lamenta alguma coisa ou ainda estão vivos na eliminatória?

— Ainda estamos na corrida sim, uma qualificação faz-se em dois jogos, sabemos onde vamos jogar, perante quem vamos jogar, quem vamos enfrentar e temos capacidade de melhorar. Marcámos dois contra o Shaktar, contra o Villareal, temos sempre o apoio dos nossos adeptos, temos esperança.

— Houve um imbróglio à volta dos adeptos, o facto de estarem presentes hoje foi uma bela surpresa.

— Gostamos de jogar perante os nossos adeptos, no nosso estádio, perante este público. Deixa-nos muitas esperanças para o jogo que terá lugar daqui a uma semana. Vamos tentar recuperar talvez um jogador, porque temos muitos lesionados, principalmente na defesa, mas temos esperança e expectativa para jogar a segunda mão.

— Como explica este fracasso técnico na primeira parte, o que sofreu e quais foram as escolhas que fez na segunda parte para voltar ao jogo?

— Quando se jogam bolas em contra-ataque, três contra três, é necessária uma sincronização entre quem passa a bola, para que não seja um passe demasiado longo, e passar a bola no momento oportuno. Há toda uma série de coisas que terão de ser feitas, com trabalho irão aparecer. Quanto à segunda pergunta, sofremos a perda dos dois laterais, porque não tínhamos lateral-direito para este jogo, tivemos de inventar. O Chancel [Mbemba] podia jogar cerca de uma hora, a lateral ainda teria jogado menos, e o facto de quando o Quentin [Merlin] teve esta entorse, passámos Luis Enrique para defesa esquerdo. Depois colocámos um jovem de 20 anos, que fez um excelente jogo. Tivemos ali uma defesa a três. Nós não escolhemos isto, escolhemos sim colocar o Aubameyang a ponta para não ter de defender e guardar energia para marcar.

— Lesão do Merlin?

— É o tornozelo, já estava inchado. Neste momento não há nenhuma lesão que se cure em 48 horas, isso pode garantir.

— Sente que jogar em casa na segunda mão vai trazer uma postura diferente à equipa? Qual a vantagem de jogar em casa na segunda mão?

— É óbvio que nós controlamos muito menos os nossos jogos fora na Liga Europa do que os jogos em casa. O fervor do público, o empenho dos jogadores e até a tatica, porque talvez seja mais ofensiva, faz com que tenhamos de jogar um jogo perfeito para nos qualificarmos para a próxima ronda.