Gabri Veiga lembra Inter Miami: «Ficámos f...»

Espanhol falou aos jornalistas na véspera do encontro decisivo frente ao Al Ahly, que considerou ser um adverário «difícil» para a turma portista

Com a esperança de conseguir o apuramento para os oitavos, o FC Porto defronta o Al Ahly, na última jornada da fase de grupos do Mundial de Clubes. Na véspera da partida, Gabri Veiga falou aos jornalistas e alertou para as dificuldades que os egípcios podem criar aos dragões.

«Não penso que vá ser um jogo fácil, de todo. Conheço Al Ahly, o técnico deles [José Riveiro] treinou-me quando tinha oito anos e sei que como trabalham, são muito bons. Estive na Arábia Saudita, por isso sei que é uma equipa muito difícil de bater, muito completa e com um extenso palmarés que inclui títulos do Egito e Champions Africana, estão aqui por alguma razão e respeitamo-los muito. Vamos tentar fazer o nosso melhor e ganhar», começou por dizer, mostrando que conhece bem o próximo rival dos azuis e brancos.

«Conheço o Trezeguet, o Zizo e o Emam Ashour. Vi-os jogar no Mundial de Clubes do ano passado. Vai ser difícil, mas o nosso objetivo é ganhar», acrescentou.

«Já considero o FC Porto a minha casa»

O espanhol analisou, também, os primeiros tempos no FC Porto: «Estou muito agradecido ao mister e aos meus companheiros que me receberam muito bem. Obviamente que há uma parte grande de tristeza porque os resultados não estão a ser como queremos e no final o mais importante é a equipa. Temos de nos focar em ganhar o último jogo, fazer o nosso trabalho e terminar a fase de grupos com uma vitória.»

«Estamos a competir bem, as coisas estão a escapar-nos nos detalhes, mas devemos aproveitar mais as nossas oportunidades, porque as tivemos, e o plano de jogo que nos deu o mister passava por aí. Há um sentimento de tristeza, mas só nos resta seguir em frente. Somos os únicos que podemos conseguir uma vitória no último jogo e ver o que acontece», completou.

Primeiro reforço do FC Porto para 2025/26, Gabri Veiga não vê o valor pago pelos portistas (15 milhões de euros) como um fator de pressão extra: «Podes ver como pressão, mas eu não vejo assim. Vejo como um voto de confiança do clube, do treinador e do presidente. Isso tem que te fazer ver que há muita confiança em ti. Pode haver maus períodos, mas a confiança está aí.»

«Nesse sentido, não noto essa pressão, porque, no final, como disse, ao estar num sítio que já considero minha casa, tudo é melhor, no mal e no bom. Temos de estar unidos e seguir para a frente», continuou o espanhol, revelando, ainda, o estado de espírito do grupo, após a derrota com o Inter Miami.

«A verdade é que foi uma tremenda deceção, porque, acho que, claro que com o Messi do outro lado, tudo pode acontecer, mas fomos superiores, sem estar num grande nível, mas com as nossas oportunidades e até podíamos ter feito o 2-0. Na segunda parte, esses pequenos detalhes, genialidades como o livre, penalizaram-nos. E, depois, não soubemos reagir a esse golpe. Então, ficou uma sensação muito má. Depois do jogo, estávamos muito f.... Mas, bem, o futebol é rápido, tudo passa muito rápido e temos de nos esquecer disso, focarmo-nos no Al Ahly e tentar fazer o melhor possível e ganhar.»

Por fim, quando questionado qual a posição preferida, preferiu destacar a polivalência como uma das principais características: «O que mais gosto é de estar dentro do campo. Depois, essa decisão é do treinador. Eu considero-me um jogador polivalente. Gosto de estar onde posso ajudar mais a equipa, onde o treinador achar que faço mais dano ao rival, onde achar melhor para defender. E, a partir daí, mostrar minhas qualidades, mas adaptando-me ao que a equipa precisa.»