Futebol português está à espera do novo presidente

NACIONAL14.02.202510:14

Oitenta e quatro delegados da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol decidem hoje quem sucede a Fernando Gomes, que esteve mais de 13 anos na liderança – Pedro Proença ou Nuno Lobo?

Pedro Proença (lista 1) ou Nuno Lobo (lista 2) — um deles será o sucessor de Fernando Gomes na presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), ao cabo de mais de 13 anos repartidos por três mandatos.

As eleições da FPF decorrem esta sexta-feira na Cidade do Futebol, entre as 13h00 e as 19h00.

No auditório 1 da casa das seleções estarão dispostas seis urnas de voto, visto que existe uma eleição independente para cada órgão: Direção, Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal, Conselho de Arbitragem, Conselho de Disciplina e Conselho de Justiça.

Qualquer candidatura pressupunha a apresentação de listas aos seis órgãos, que têm eleição autónoma. Ou seja: a lista 1 e a lista 2 podem sair vencedoras ou derrotadas em cada um dos seis sufrágios.

A chave destas eleições está na mão de 84 delegados da Assembleia Geral da FPF, que hoje se transforma em Assembleia Geral eleitoral.

Quem decide as eleições da FPF?

14 fevereiro 2025, 08:41

Quem decide as eleições da FPF?

Saiba quem são e de onde vêm os 84 delegados que vão escolher o próximo presidente da Federação Portuguesa de Futebol esta sexta-feira. Nuno Lobo e Pedro Proença são os candidatos à presidência

Nuno Lobo, presidente da Associação de Futebol de Lisboa nos últimos 12 anos (entretanto sucedido por Vítor Filipe, eleito anteontem), foi o primeiro a manifestar publicamente a intenção de entrar na corrida à sucessão de Fernando Gomes, o presidente mais bem sucedido da história da FPF no que respeita a títulos.

Pedro Proença, presidente da Liga Portugal, assumiu mais tarde a pretensão de trocar a Arena Liga Portugal pela Cidade do Futebol, mas há muito que se sabia que estava a preparar esta candidatura nos bastidores. O ex-árbitro surge, aos olhos da opinião pública e do mundo específico do futebol, como amplamente favorito, mas o voto é secreto e há 84 pessoas que vão decidir o futuro próximo da regulação do futebol português.

O período de campanha eleitoral caracterizou-se pela ausência de debate entre os dois candidatos e pelo silêncio de Pedro Proença no que respeita a entrevistas aos órgãos de Comunicação Social. Na realidade, não são os cidadãos a votar nestas eleições, pelo que tudo se decidirá (decidiu?) mais na influência sobre os votantes do que sobre o público em geral.

Ambos os candidatos apresentaram as suas ideias, mas não as confrontaram entre si, algo que no fundo acaba por deixar os adeptos de fora. E é de fora que aguardarão pelo final do dia, para saber quem será o novo presidente da FPF.