«Ficaremos mais vezes na Liga das Nações A, se não for agora será no futuro»
Francisco Neto disse que equipa está a «chegar à 1.ª divisão e a aprender com erros»; sobre eventual deslize, descarta revés: «Espero que o entusiasmo não se baseie apenas nos resultados da Seleção A»
O selecionador nacional acredita que Portugal vai afirmar-se na Liga das Nações A, agora ou no futuro. A convicção foi deixada na antevisão ao jogo desta terça-feira com França, no qual terá de ganhar e esperar que a Noruega (3.º lugar, posição de play-off) perca com a Áustria (2.º) para evitar descida à Liga das Nações B.
«Sentimos que temos competência e qualidade para ficar na Liga A», afirmou o Francisco Neto em conferência de Imprensa, acrescentando: «Acreditamos que vamos ficar mais vezes na Liga A, se não for agora, será no futuro. Para jogar com os melhores temos de mudar a nossa ideia de jogo, crescer. Erros têm sido penalizados. Se queremos algo mais, temos de ter ideia de jogo mais audaz, jogadoras fora da área de conforto.»
Para o treinador, o caminho está a ser trilhado. «Só chegámos aqui porque jogámos muitas vezes com as melhores, só vamos continuar a ser melhores se continuarmos a competir com as maiores. É o que queremos, independentemente de amanhã, Portugal quer afirmar-se nesta divisão. Tudo faremos para continuar e no futuro jogar mais jogos desta dimensão», sublinhou.
O técnico rejeitou também a ideia de que uma queda à Liga B possa representar um retrocesso no futebol feminino. «Espero bem que não, que o entusiasmo não se baseie apenas nos resultados da Seleção A. O futebol feminino português tem de ser muito maior que a Seleção A. Temos tanta coisa a acontecer, tanta coisa importante, tanto trabalho tão bem feito. Sabemos e assumimos responsabilidade, mas queremos que as pessoas se identifiquem pelo todo, o futebol feminino merece», observou.
Para Francisco Neto, a forma como as jogadoras têm ido a jogo «tem de deixar os portugueses orgulhosos», mesmo com alguns resultados menos favoráveis: «Estamos a chegar à 1ª divisão e estamos a aprender com os erros. Infelizmente, ao mínimo erro temos sofrido com isso, mas é parte do nosso crescimento.»
Sobre a preparação para o jogo com França, foi taxativo: «O espírito, depois das derrotas, nunca é o mesmo do que depois de vitórias. A equipa tem passado por muito durante muito tempo e a nossa estratégia tem sido, na vitória ou na derrota, 24 horas de festejo ou de luto, para depois nos focarmos no próximo objetivo. Felizmente ainda temos um objetivo neste grupo. Teremos de garantir a nossa parte, o desafio enorme de vencer a França, para depois, infelizmente não dependendo só de nós, chegar ao objetivo que queremos.»