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20 janeiro 2024, 23:40
Arco e flecha antes de soltar labaredas: a crónica do jogo do Dragão
Portistas caçaram o Moreirense logo aos 8 minutos, mas andaram uma hora a mastigar o jogo e só nos últimos minutos foram dragões
Festa do golo regressou em força ao Dragão. Foto: LUSA
FC Porto: Onde andou este dragão?
Metamorfose tática melhora resultados e exibições; um 4x2x3x1 híbrido que solta a magia dos protagonistas em campo; três vitórias consecutivas, 11 golos marcados, 0 sofridos e um futebol de gala
É caso para perguntar: onde andou este dragão na primeira volta do campeonato? A metamorfose tática levada a cabo por Sérgio Conceição após o empate no dérbi da cidade Invicta com o Boavista permitiu ao FC Porto recuperar a áurea perdida e tudo poderá estar relacionado como uma mera nuance da forma como a equipa se posiciona em campo.
Sérgio Conceição entendeu por bem dar uma nova roupagem ao dragão na deslocação ao Estoril, no jogo da Taça de Portugal, e a resposta não podia ter sido melhor. A inclusão de Nico González no meio-campo acrescentou qualidade e consistência, Pepê libertou-se de amarras táticas e teve ordem para colocar em campo todo o seu potencial, jogando entre linhas, à direita, mas com permissão para percorrer terrenos mais interiores, onde, verdadeiramente, faz a diferença, com muita técnica e velocidade, apanhando quase sempre o adversário em contragolpe.
A saída de Taremi, que se encontra a participar na Taça da Ásia pelo Irão, também contribuiu sobremaneira para o melhoramento da equipa em termos coletivos. Apesar da insistência de Sérgio Conceição, que justificava a titularidade do goleador persa por aquilo que via nos treinos e o que dava à equipa em termos de entrega, a verdade é que Taremi parecia um corpo estranho no FC Porto, sem chama, muito previsível nas suas ações, certamente abalado com questões relacionadas com o mercado de transferências.
A verdade é que a seguir ao jogo com o Estoril o FC Porto teve um teste de fogo em casa com o SC Braga e passou-o com distinção, em mais uma partida segura, com artistas como Galeno, Evanilson, Pepê, Alan Varela e Francisco Conceição a esgrimirem os melhores argumentos que possuem.
Esta linha condutora de futebol de gala prosseguiu no jogo com o Moreirense, mormente na segunda parte, onde o dragão lançou labaredas em catadupa, com nota artística, dizimando um adversário que foi a grande revelação, a par do Boavista, na primeira fase do campeonato. Muitos questionam o porquê de só agora Sérgio Conceição ter optado pela mudança tática que tão bons resultados trouxe à equipa. Com mais perfume no seu futebol, o FC Porto promete dar o máximo na segunda volta da Liga, pressionando o duo da frente da liderança. Pela amostra deixada nos últimos três jogos, há que contar com este dragão que apontou 11 golos e não sofreu nenhum nas últimas três partidas da temporada.
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