Benfica goleou neozelandeses

Faltaram ainda mais golos num jogo fácil de ganhar (crónica)

Águias criaram oportunidades suficientes para resultado mais gordo no duelo da 2.ª jornada da fase de grupos do Mundial de Clubes

ORLANDO — Depois do empate com o Boca Juniors na primeira jornada do Mundial de Clubes, o Benfica precisava ganhar este jogo ao Auckland City e se possível marcar muitos golos para aumentar a possibilidade de qualificação para os oitavos de final. Foi com essa ideia que a equipa de Bruno Lage entrou em campo. Não se lançou de forma desenfreada na procura da baliza dos neozelandeses, mas apresentou um desenho tático diferente do habitual e uma estratégia para dar mais dinamismo e colocar mais gente em zona de finalização. Di María, Prestianni e Akturkoglu nas costas de Pavlidis; Barreiro e Kokçu no meio-campo a equilibrar a equipa, mas também com liberdade para subir, principalmente Barreiro. Aursnes lançava-se pelo corredor direito e as águias ficavam muitas vezes a jogar com três centrais.

A primeira parte (e o jogo todo, na verdade) foi do Benfica, que teve mais bola e muitas oportunidades, algumas delas de golo iminente, como foram os lances desperdiçados por Akturkoglu, Pavlidis e Barreiro, entre vários outros, a maioria por falta de pontaria dos jogadores do Benfica e outros porque o guarda-redes do Auckland fez um punhado de defesas muito boas nesta fase.

O Benfica não colocava no relvado um futebol vibrante e os neozelandeses, apesar de claramente mais fracos, também terão aprendido alguma coisa com a derrota de 0-10 frente ao Bayern, no primeiro jogo deles neste Grupo C do Mundial de Clubes. Com uma linha de cinco defesas e todos os outros montados no meio-campo defensivo, o Auckland cometia poucos erros e fazia o trabalho para adiar o primeiro golo do Benfica. As poucas simulações de transições rápidas que ia fazendo eram facilmente anuladas pelos portugueses.

Os minutos a passar e o resultado a zero foi enervando um pouco os encarnados. Di María era um dos mais inconformados, tentou o remate e passou com critério para algumas das situações de maior perigo junto à baliza de Auckland.

Mas o golo não surjia de maneira nenhuma. Ou o guarda-redes defendia, ou a bola saia ao lado do poste, tresloucada por cima da trave, perdida nas pernas dos defesas. Até que, mesmo a fechar a primeira parte, em tempo de compensação, Prestianni sofre penálti e Di María, com classe, concretizou golo muito desejado, pela equipa e pelos adeptos nas bancadas, todos benfiquistas.

O final da primeira parte coincidiu com um alerta de tempestade e depois vários outros que motivaram a suspensão do desafio. Os adeptos foram obrigados a sair das bancadas para se abrigarem e Bruno Lage, no balneário, teve muito tempo, quase duas horas, para refletir e dar novas ideias à equipa.

No reatamento do jogo, Carreras ficou no balneário, Dahl entrou para lateral-esquerdo e o Auckland pareceu regressar mais atrevido. Bastaram, porém, poucos minutos para a equipa de Lage voltar a pegar no jogo e para aparecer o segundo golo: belo passe de Kokçu e grande trabalho e finalização de Pavlidis. Os encarnados ganhavam finalmente confiança e os neozelandeses começaram a quebrar.

Lage mexeu na equipa e Renato Sanches marcou o terceiro golo. Entrou mais gente, perdeu-se um pouco de consistência, mas as águias continuaram a criar oportunidades. Barreiro marcou o quarto e o quinto golos, Di María fechou a contagem, novamente com um golo de penálti. E por incrível que pareça num 6-0, ficaram ainda mais golos por marcar, porque a equipa do Benfica teve chances suficientes para resultado mais gordo.

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