Duplexe Tchamba: «Quando cheguei ao Casa Pia, estava lesionado»
Duplexe Tchamba com a posse da bola em jogo do Casa Pia pela Liga de futebol. Foto: Casa Pia AC.

Duplexe Tchamba: «Quando cheguei ao Casa Pia, estava lesionado»

NACIONAL07.02.202511:22

Central de 26 anos lembra a confiança que recebeu da parte dos gansos quando chegou, em 2023; «o Casa Pia deu-me muito amor», transmitiu, reconhecido ao clube pelo carinho demonstrado

O Casa Pia é o atual sexto classificado da Liga e está perto de garantir a manutenção na prova, objetivo ao qual se propõe desde o início da época, apesar de restarem ainda catorze jornadas por disputar. Todavia, em nada isso altera o pensamento de Duplexe Tchamba. «Não vamos reajustar o objetivo porque o nosso primeiro e único objetivo é permanecer na Liga. Se tivermos algo mais, pela graça de Deus, será bom», projeta, em conversa com A BOLA.

«Só estamos focados nos três pontos. Queremos o máximo de pontos que possamos ter e por isso continuamos a lutar a ganhar jogos, somos uma grande equipa e queremos fazer melhor que na época passada e, por isso, o nosso foco e mentalidade estão em permanecer na primeira Liga», vincou o central, que chegou a janeiro há dois anos, em janeiro de 2023, primeiro por empréstimo num acordo que passou a definitivo numa história de confiança que conta com orgulho.

«O que tem de se saber é que, quando cheguei ao Casa Pia, eu estava lesionado. O clube deu-me uma oportunidade e mostraram que realmente me queriam ao trazerem-me com uma lesão, foram realmente pacientes comigo pois estive, se não me engano, três ou quatro meses fora. Estava lesionado e eles estavam a pagar o meu salário e a minha família começou a ser feliz aqui», lembrou Tchamba, que cumpriu apenas cinco jogos oficiais nos primeiros seis meses ao serviço do Casa Pia.

«Se voltar à seleção dos Camarões, ficarei orgulhoso»

Duplexe Tchamba é internacional pelos Camarões, mas não é convocado há quase quatro anos. Um longo período fora das opções que pode estar prestes a chegar ao fim, em função do que tem vindo a conseguir ao serviço do Casa Pia (um golo em quinze aparições na presente época). O defensor acredita nessa possibilidade e reconheceu que seria um orgulho, mas tal não lhe retira o sono.
«Agora não estou focado na seleção nacional. Estou aqui a trabalhar e vamos ver, esperarei pelo que irá acontecer em breve. Por isso, se for à seleção, ficarei orgulhoso; se não for este o momento, talvez possa ser mais tarde. O foco principal é continuar concentrado no clube», assinalou o defensor, motivado pela perspetiva de integrar as opções de Camarões para a próxima edição da Taça das Nações Africanas, que se realizará este ano, mas com a sua personalidade bem vincada e apontada para o presente.
«O meu futuro a partir de agora é este fim-de-semana, o seguinte e o que vem depois. Apenas continuar a estar focado e a trabalhar forte. Estou apenas concentrado nas coisas que posso controlar e não nas que vêm depois», acrescentou o central, que já realizou 40 jogos oficiais pelos gansos em duas épocas e meia.

Tempos que o central de 26 anos recorda com uma motivação para o momento atual, de afirmação. «Foi muito duro e o Casa Pia deu-me muito amor e eu passei a não me sentir apenas parte do clube, senti-me família. Não foi apenas o clube quis que eu ficasse, dirigi-me ao clube e disse que queria ficar porque me sinto verdadeiramente bem aqui e minha família também. Dou tudo pelo clube porque não é apenas um trabalho, aqui sinto-me no meu lugar. Aqui tenho uma família, somos bons amigos e sinto-me em casa», assume.

Duplexe Tchamba assume-se, por isso, muito feliz no emblema lisboeta. «É algo positivo e a cada fim-de-semana estou a tentar dar o melhor de mim. Por isso, penso que se eu continuar a trabalhar no duro, a equipa também, e se permanecer positivo, penso que as coisas vão acontecer. Se formos pacientes e positivos, as coisas vêm até nós», concluiu, com otimismo.