Chelsea pode perder mais pontos do que Nottingham Forest e Everton
Pochettino, treinador do Chelsea. Foto: IMAGO/Pro Sports Images

Chelsea pode perder mais pontos do que Nottingham Forest e Everton

Opinião de Stefan Borson, especialista em finanças de futebol

Depois de Everton e Nottingham Forest terem sido castigados com uma dedução de pontos por terem quebrado as regras de rentabilidade e sustentabilidade da Premier League, Chelsea pode ser a próxima equipa a sofrer um castigo semelhante na próxima época.

De acordo com Stefan Borson, especialista em finanças de futebol, a equipa treinada por Pochettino «enfrenta uma tarefa gigantesca para evitar a punição, tendo em conta o seu balanço atual.»

Os clubes da Premier League, para cumprirem com as regras financeiras em questão, não podem perder mais de 105 milhões de libras (122 milhões de euros) durante um período de três anos. O Chelsea, por sua vez, gastou mais de mil milhões de libras (cerca de 1,17 mil milhões de euros) em novas contratações desde que Todd Boehly e a Clearlake Capital assumiram o controlo em maio de 2022.

Hansjorg Wyss, coproprietário do Chelsea, e Todd Boehly, presidente do Chelsea. Foto: IMAGO/Sportimage

«Havia um pressuposto em relação a Mason Mount, porque foi anunciado no site do Manchester United a 1 de julho, que a sua venda tinha sido colocada na presente época», começou por explicar Borson, ao TalkSPORT, no White and Jordan Show. «Portanto, os 55 milhões de libras (64,4 milhões de euros) de lucro foram obtidos nesta época. Agora, verifica-se que Mason Mount parece ter sido transacionado em 2022/23 e foi assim que conseguiram ultrapassar as regras». Note-se que o prazo para os clubes entregarem as contas é até 30 de junho.

«Este ano, do ponto de vista operacional, vai ser ainda pior que no ano passado, porque não têm Liga dos Campeões nem Europa», continuou o especialista, realçando que, provavelmente, os blues vão ter de recorrer à venda de produtos da academia.

«Provavelmente terão de encontrar compradores para Trevoh Chalobah, por 20 milhões de libras (23,43 milhões de euros), Armando Broja, por 40 milhões de libras (46,85), e Conor Gallagher, por 50 milhões de libras (58,57). É esse tipo de acordos que precisam de ser feitos. E, já agora, todos eles têm de ser feitos até 30 de junho. Isso, como sabemos, foi um ponto crucial na decisão em relação ao Forest», referiu.

«Se olharmos para os números do Chelsea, a não ser que vendam jogadores no valor de cerca de 200 milhões de libras (234,27 milhões de euros), ou seja, os jogadores que consideramos menos prováveis de vender, então o Chelsea estará na situação em que o Nottingham Forest e o Everton estiveram por esta altura no próximo ano», acrescentou Simon Jordan, um dos radialistas do programa e antigo presidente do Crystal Palace.

Tendo tudo isto em conta, Borson sugeriu mesmo que o Chelsea enfrenta uma penalização mais grave do que a aplicada ao Everton e ao Nottingham Forest.