«Chegámos de forma justa à final»: tudo o que disse Artur Jorge após a vitória sobre o Sporting

Allianz Cup «Chegámos de forma justa à final»: tudo o que disse Artur Jorge após a vitória sobre o Sporting

NACIONAL23.01.202423:15

Treinador do SC Braga assume que os leões foram mais perigosos na primeira parte, mas salienta o espírito guerreiro dos seus jogadores; o crescimento na segunda parte e o golo como prémio; a organização e a solidariedade como pontos-chave para o triunfo

O SC Braga venceu o Sporting (1-0) e está na final da Taça da Liga da época 2023/2024.

Para conseguirem sair a sorrir, os arsenalistas tiveram de saber sofrer (muito) na primeira parte, período em que o Sporting esteve claramente por cima e no qual criou várias situações claras para marcar. Esse dado foi assumido por Artur Jorge, no final da partida, com o técnico do SC Braga a não deixar, porém, de sublinhar o espírito de união da sua equipa e o crescimento que a mesma teve da primeira para a segunda parte.

«A eficácia foi um dos pontos-chave, sim. Ofensiva e defensivamente. Foi um jogo de grande entrega dos meus jogadores. Na primeira parte houve mais Sporting, é justo dizê-lo, e nesse período tivemos alguma felicidade. O Sporting teve ascendente sobre nós. Ao intervalo corrigimos alguns posicionamentos e estivemos melhor na segunda parte. Fizemos o golo, até podíamos ter feito outro, naquela remate que acabou por ser desviado, mas vencemos e chegámos de forma justa à final, que era o nosso principal objetivo. Demonstrámos um enorme sentimento de equipa, agarrámo-nos uns aos outros e fomos muito unidos», assinalou, na sala de Imprensa do Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria.

Quando instado a pronunciar-se sobre algumas individualidades que estiveram em plano de destaque, Artur Jorge não fugiu à questão, mas preferiu falar do coletivo: «O Vítor Carvalho foi uma das peças-chave, sim, tal como foram outros. Como por exemplo o Rodrigo Zalazar, que fez tudo o que lhe foi pedido. Mas tenho de falar de todos, tanto os que foram titulares como os que entraram. A equipa teve um espírito tremendo, de grande companheirismo, mas também muita qualidade. Principalmente na segunda parte, quando tivemos mais bola. Falar de um jogador só parece-me redutor. Todos tiveram grande seriedade e compromisso.»

Antes desta partida com o Sporting, os minhotos vinham de uma série de 12 jogos consecutivos a sofrer golos, mas conseguiram estancar esse dado e Matheus manteve a sua baliza inviolada. Artur Jorge também gostou desse pormenor. «Claro que tem impacto nos jogos e hoje estivemos muito bem defensivamente. Fomos uma equipa solidária, compacta e capaz de controlar a largura e a profundidade do Sporting. Estivemos sempre juntos e com grande agressividade. Foi preciso saber sofrer em alguns momentos e ter a equipa sempre compacta. Defrontámos uma equipa forte e mentalmente muito capaz pelo que tem vindo a fazer na Liga, mas o SC Braga foi uma equipa que trabalhou muito e que fez por merecer chegar à final. Podem dizer o que quiserem dos golos sofridos ou de ganharmos poucas vezes. Na época passada ficámos em 3.º na Liga e fomos à final da Taça de Portugal. Esta temporada estamos em 4.º. lugar, é verdade, mas já estamos na final da Taça da Liga. Essas questões não me desgastam, muito sinceramente. Nós temos é de ser consistentes e ganhar jogos, fazendo o nosso percurso», reforçou.

A grande surpresa no onze foi o lançamento de Álvaro Djaló como elemento mais adiantado, no fundo, na posição de ponta de lança, e Artur Jorge também explicou esta opção. «O que pensámos foi na sua rapidez e intensidade na saída com bola. Tal como aconteceu com o Ricardo Horta, a ideia era essa. Depois, quando o Sporting estava a conseguir ligar mais no jogo interior, decidimos lançar o Abel Ruiz para a frente de ataque. Sendo titulares ou não, o importante é que os jogadores contribuam. O Abel hoje fez o golo, é verdade, mas além disso também trabalhou e ajudou a equipa», justificou o técnico, antes de dar conta da importância do tento apontado pelo ponta de lança espanhol, que já não marcava desde o dia 7 de outubro: «Claro que é sempre importante, agora depende de como ele possa reagir. Todos nós sabemos da importância dele, mesmo quando não marca, porque trabalha sempre muito. Um avançado fica sempre mais confortável quando faz golos e acredito que esteja muito feliz, tal como todos nós estamos.»

Por outro lado, a ausência de Bruma da ficha de jogo causou alguma estranheza. Artur Jorge confirmou que esse dado esteve relacionado com um problema físico do extremo, não havendo ainda a certeza de que possa recuperar para o jogo da final, no próximo sábado: «Vamos ter de aguardar. Fez 15 minutos em Famalicão, sentiu-se bem, treinou bem durante a semana, mas ontem sentiu algum desconforto e vamos ter de esperar para saber se estará, ou não, disponível para sábado.»