Benfica: toda a verdade sobre João Félix
Benfica e João Félix estão a explorar todas as possibilidades para tornar real um sonho antigo — regresso ao Estádio da Luz de um dos meninos bonitos da formação e dos mais queridos por sócios e adeptos.
O avançado quer muito voltar ao Benfica, para recuperar a felicidade, e o Benfica está a explorar, novamente, essa possibilidade, que, apesar de remota, existe. Desde logo porque o Chelsea, dono do passe, está disposto a negociá-lo, mesmo sem ser nos termos mais favoráveis para os encarnados.
O Benfica está em campo para tentar que João Félix, 25 anos, até possa chegar a tempo para jogar o Mundial de Clubes — teria de ser inscrito até ao dia 10, próxima terça-feira, ou, em alternativa, entre 27 de junho e 3 de julho, a nova janela aberta para a competição.
Se a vontade de Benfica e João Félix é coincidente, também o Chelsea está disponível para negociar. Depois do empréstimo do avançado de 25 anos ao Milan na segunda metade da época 2024/2025, com 21 presenças (apenas 10 como titular) e só três golos (dois golos à Roma e um ao Monza), os londrinos só consideram transferir o internacional português para o Benfica em definitivo. E nunca por menos de um valor de cerca de 25 milhões de euros.
Os encarnados estarão disponíveis, até, a fazer um investimento à volta de €25 milhões — foi isso que pagaram ao Feyenoord, por exemplo, por Orkun Kokçu, no verão de 2023. Essa diferença não será o maior obstáculo, até porque os clubes poderão encontrar forma de ultrapassá-lo, através de percentagem em mais-valias em futuras transferências ou bónus associados ao desempenho do avançado.
O Benfica acredita, por um lado, que pode tirar o maior proveito de João Félix, em ter acesso, novamente, a um dos maiores talentos de sempre da formação do Seixal, elevá-lo ao mais alto nível, tirar dele o maior proveito desportivo e, não menos importante, fazer um investimento do qual poderá tirar dividendos no futuro.
João Félix poderá já não despertar o interesse que a ascensão meteórica na Luz provocou em 2019, quando o Atlético de Madrid pagou por ele €126 milhões. Mas nos últimos anos, por exemplo, recebeu várias propostas da Arábia Saudita.
Em 2023, quando já se falava, sem fundamento, da possibilidade de voltar ao Benfica, o Al Hilal, então treinado por Jorge Jesus, estava disposto a pagar €15 milhões ao Atlético Madrid para receber João Félix uma época por empréstimo. O negócio não se concretizou e João Félix concretizou o desejo de jogar no Barcelona.
O maior problema para o sucesso do internacional português no Benfica, neste momento, é mesmo o salário de João Félix, do qual o Benfica não poderá sequer aproximar-se. Um empréstimo, por exemplo, permitiria não só um investimento menos elevado à partida, como abriria igualmente a possibilidade de o Chelsea cobrir parte do salário. Mas os londrinos estão inflexíveis quanto à forma de negociar o jogador.
O teto salarial do Benfica, no qual se encontram poucos jogadores, está nos €2 milhões limpos, ou seja, um custo anual, com impostos, de cerca de €4 milhões. Há, em alguns casos, também poucos, prémios por objetivos que, no entanto, não elevam muito mais os custos na totalidade. E o Benfica não está disposto, nem tem condições financeiras, para estar a criar condições especiais para João Félix.
Será, como tal, muito difícil consumar-se o tão desejado regresso do avançado. Mas o processo ainda vive. E na próxima semana até poderá haver novidades.