As chaves e a estrela da vitória bateram na barra: a crónica do E. Amadora-Chaves
Ronaldo Tavares celebra efusivamente o golo (Foto Rodrigo Antunes/LUSA)

As chaves e a estrela da vitória bateram na barra: a crónica do E. Amadora-Chaves

NACIONAL24.02.202423:15

Tempo de compensação não recompensou qualquer das equipas; visitados fizeram um pouco mais pelo triunfo; continuam os dois aflitos

NUM duelo entre aflitos e com registos pouco convidativos em termos atacantes, era preciso alguma sorte, leia-se estrela, para se encontrar a chave da vitória, mas estas ficaram presas nas barras das duas balizas, pois, com o empate a subsistir, primeiro foi o flaviense Bruno Rodrigues (90+2) a acertar no ferro com a baliza escancarada  e, pouco depois, foi o amadorense Jean Felipe (90+6), a fazê-lo, mas num remate de fora da área. Pode dizer-se que foi uma compensação que não recompensou qualquer dos intervenientes.

Assim, continuam os dois em situação incómoda na tabela classificativa, com o espetro da despromoção a não lhes largar o pé.

A existir um vencedor, este atributo ajustava-se mais ao Estrela da Amadora, mas entre algumas defesas imponentes de Hugo Souza – que até deu uma ajuda no golo – e a falta de pontaria, nunca conseguiram aumentar o pecúlio, mas os flavienses bateram-se com valentia, mesmo após perderem a sua maior referência ofensiva, o intratável Hector Hernández.

O Chaves entrou praticamente a ganhar no encontro, fruto de mais um golo do espanhol e os da casa foram reagindo com futebol direto, o que a equipa de Moreno Teixeira agradecia, tendo em conta a facilidade com que iam esconjurando o perigo, até ao momento em que Hugo Souza, em cima do intervalo, facilitou e Ronaldo Tavares festejou.

A primeira parte foi mal jogada, com muitos passes errados num relvado pesado perante chuva inclemente, que não permitia grandes veleidades técnicas. A segunda parte prometia mais, tendo em conta a necessidade dos dois em pontuar, mas nada mais falso. O Estrela tentava com pouca arte e o Chaves resistia, sem grandes armas ofensivas, malgrado o esforço de Jô Batista. No entanto, sentia-se muito a saída de Hector Hernández. Os levezinhos do ataque do Estrela bem tentaram mas de remates certeiros… nada, até nos momentos de compensação e daí dos dois lados. E continuam os dois com o credo na boca e… na alma.