Antecessor de Paulo Fonseca: «Acho o gesto dele uma loucura!»

INTERNACIONAL09.03.202520:01

Pierre Sage, ex-treinador do Lyon, afirmou que, apesar do castigo ser «muito severo» para o treinador português, deve dar-se o exemplo

O castigo de nove meses a Paulo Fonseca continua a ser o tema do momento em França e até Pierre Sage, antecessor do técnico português no Lyon, comentou a situação, afirmando que, apesar de ser pesado, é bem dado.

«Poderia ter acontecido comigo? Não, penso que não. Se me perguntarem o que penso do gesto dele, acho que é uma grande loucura. Joguei duas vezes contra a equipa do Fonseca e ele nunca disse uma palavra fora do normal. O castigo é muito severo. Apesar de tudo, temos o dever de dar o exemplo e a mensagem que enviamos em momentos como este tem de ser melhor, e o que acontece depois tem de ir ao encontro das necessidades, porque toda a gente tem de compreender», começou por dizer o francês, em entrevista ao Canal Football Club, revelando que já sabia que ia ser despedido.

«O que aconteceu foi que, a partir do momento em que Paulo Fonseca deixou o Milan... eu sabia que ele era um treinador de que [Textor] gostava. Sabia que, assim que ele estivesse disponível, era um treinador a prazo. Empatámos alguns jogos, mantivemos a distância e fomos eliminados da Taça de França...»

No entanto, apesar da troca surpreendente, Sage não guarda rancor para com Textor: «Não, porque ele deu-me uma oportunidade que talvez mais ninguém me tivesse dado, embora seja verdade que me custa aceitar a decisão de sair tão depressa, mas compreendo-a. Se aceitava o cargo de Paulo Fonseca logo após o castigo? Sim, teria aceitado e imediatamente! Não teria hesitado nem um segundo, mas como mudei de número, ele se calhar já não o tem [risos]. Há coisas que não se explicam. Acho que um dia voltarei a treinar o Lyon. O final foi tão estranho que...»

Por fim, falou sobre o seu futuro, afirmando que está preparado para este nível: «Diria que a próxima escolha será provavelmente a mais importante da minha carreira, porque, no final, a oportunidade que tive com o Lyon criou uma base. Então, talvez eu comece a olhar para oportunidades desse tipo e depois para outras, mas, de qualquer forma, o segundo clube mostrará onde estou. Inglaterra? Porque não? Não creio que seja antes do início da próxima época, mas veremos o que acontece depois da primeira paragem internacional.»

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