Diogo Dalot: «Aqui não há lugares cativos» (vídeo)
Diogo Dalot, em conferência de imprensa ao serviço da seleção portuguesa de futebol. Foto: D.R.

Diogo Dalot: «Aqui não há lugares cativos» (vídeo)

SELEÇÃO23.03.202420:05

Lateral do Manchester United assume que tem de «dar à perna» para garantir um lugar no grupo e no Euro 2024, dá as boas vindas a estreantes como Jota Silva ou Dany Mota

Como é que a equipa tem recebido os novos jogadores?

Estamos habituados a receber novos jogadores, não foi há muito tempo que cheguei aqui e acredito que seja um sonho para eles estarem, aqui pela primeira vez. Têm-se adaptado muito depressa e isso viu-se no último jogo. Acho que tem sido bom.

Que opinião tem sobre este modelo de estágio?

Na minha opinião, tratou-se de uma estratégia bastante inteligente por parte do mister, não me lembro de ver algo assim num passado recente e desde que estou na seleção foi a primeira vez que vi isto acontecer. Estar assim dividido num estágio de dois ou três grupos nunca me tinha acontecido. E inteligente, dá-nos a possibilidade para descansar e fugir á rotina constante de jogos e treinos e dá-nos tempo para estarmos com a família e descansar. Abriu a porta a muitos para estarem aqui, o que é bom. Foi importante e positivo para todos.

Gary Neville afirmou que o Diogo tem sido o melhor jogador do Manchester United. Como reage a isso?

Vejo-o como uma responsabilidade. É sempre bom ouvir elogios, principalmente de jogadores que já representaram o clube e sabem o que é representar um clube como o Manchester United. É fruto do trabalho que estou a fazer e quero aproveitar este momento para ajudar a seleção, sei que a exigência na seleção é muito alta e a concorrência também. Sei o quão difícil foi chegar até aqui, mas também tenho de continuar a dar à perna dada a qualidade dos jogadores que aqui estão e competir com quem está aqui.

Como viu o último jogo de Portugal, frente à Suécia?

Nós gostamos é de estar lá dentro e jogar (sorri)…vi com bons olhos e desfrutei do jogo, vi que as pessoas de Guimarães – e não só -  desfrutaram do jogo, com muitos golos e muito bom futebol. Apresentámos um futebol diferente que já tínhamos vindo a mostrar na qualificação e esse foi mais um passo à frente para chegarmos ao Euro, agora temos mais outro passo para evoluir nos processos defensivo e ofensivo e também dar pequenos passos para chegar ao Europeu da melhor maneira.

Portugal tem um registo perfeito de resultados. Como se explica?

Explica-se com muito trabalho que temos vindo a fazer em relativamente pouco tempo, sempre que temos oportunidade a cada treino ou reunião para tentar melhorar a cada jogo e há que tentar replicar isso dentro de campo. O percurso tem sido imaculado, mas sabemos como é a nossa exigência e a do nosso povo, que está sempre à espera de mais vitórias e esta terça-feira não foge à regra. Para chegarmos à perfeição, temos de trabalhar muito., há muito a melhorar e estamos bem cientes disso, para conquistar esta competição temos de ainda de melhorar muito e na terça feira temos maus uma oportunidade para o fazer.

Faz um ano que Roberto Martinez se estreou ao comando da Seleção Nacional. Que balanço faz?

Acho que a seleção, de há um ano até hoje, evoluiu bem e bastante, com bola ou sem bola, num processo normal mas em que o que está para trás foi também positivo. Toda a gente espera que possamos ganhar e queremos ganhar no futuro – para chegar ao Europeu e ganhar, temos de estar bem preparados.

As laterais defensivas são das posições mais preenchidas na Seleção Nacional. Face à qualidade existente, fica com a ideia de que à mínima quebra de rendimento o lugar – e a presença no Euro – pode estar em risco?

Acho que é um pouco óbvio, dada a dificuldade que é representar a Seleção, estar aqui com a qualidade que existe, não só na lateral mas também no campo todo, acho que só pode haver espaço para os melhores. É isso que eleva o nosso nível enquanto grupo e enquanto seleção. Acredito que aqui não há lugares cativos e cada jogador tem de dar o seu máximo nos seus clubes, que é onde estamos a maior parte do tempo, para estar aqui, e quando estamos na seleção temos de aproveitar ao máximo.

Depois, cabe ao mister selecionar quem quer que aqui esteja e nós, como jogadores, temos de fazer a nossa parte, dar o nosso melhor e estarmos aqui. A única grande coisa que temos em comum é o passaporte português – para estar aqui, tens de ser português e isso é o mais importante. Depois, o clube onde jogas não deve interessar muito, porque o requisito tem de ser esse: ser português e ter qualidade para estar aqui e por isso jogadores como o Dany e o Jota estão aqui pela primeira vez. Estão cá porque têm qualidade para cá estar.