Manchester United decide muito desta época, e da próxima, esta quinta-feira, na Liga Europa; dono Jim Ratcliffe não ajudou
Isto são coisas do passado, mas quer queiramos quer não herdámo-las e temos de resolvê-las
Jim Ratcliffe, co-proprietário do Manchester United
A tarefa de Ruben Amorim no Manchester United não é fácil. Nunca seria, que o digam todos os outros treinadores que por lá passaram depois de Alex Ferguson, uns com mais sucesso (José Mourinho, por exemplo) do que outros (David Moyes ou Ten Hag), todos abaixo das elevadas expectativas.
Mais difícil ficou a tarefa de Amorim ao ser contratado a meio da época, com um plantel desequilibrado e nada preparado para jogar com três centrais, opção de que o ex-treinador do Sporting não quis abdicar. E sem capacidade para ir com força ao mercado de janeiro (gastou 30 milhões de euros para recrutar Dorgu ao Lecce), depois de um verão com investimento de 215 milhões em contratações — de cinco jogadores, e acredito que se pudesse Amorim abdicaria de todos eles, até de Ugarte, que treinou em Alvalade, para ter dinheiro para poder ir buscar outros...
A época vai de mal a pior. Mas há uma réstia de esperança: a UEFA Europa League. Se a vencer, o United entra na Champions. Por isso, a última coisa de que precisava era ter o dono do clube, Jim Ratcliffe, a admitir que está a pagar por erros em contratações que herdou do passado, mencionando até jogadores, como Casemiro, Onana, Jadon Sancho ou Antony.
Sir Jim Ratcliffe sem papas na língua perante o caótico cenário desportivo do clube. Onana, Casemiro, Antony, Sancho e Hojlund visados pelo empresário
Disse alguma mentira? Não disse, não senhor. Mas por vezes o silêncio é a melhor estratégia. O treinador português, na conferência de imprensa de quarta-feira, antes de receber a Real Sociedad, lá se defendeu como pôde, mas foi posto, sem dúvida, em situação desconfortável. Com amigos destes, Amorim não precisa de inimigos.
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