Camisola 1 dos arsenalistas foi gigante na segunda parte
Camisola 1 dos arsenalistas foi gigante na segunda parte

Víctor deu-lhes Pau(lada) e Hornicek levou-lhes gelo (as notas do SC Braga)

Ponta de lança espanhol deu (mais uma) estoca no conjunto gaulês e colocou três pontos na bagagem dos guerreiros. Guarda-redes chéquio foi obrigado a aplicar-se e colocou a 'mala no porão'. Horta vezes 450
O melhor em campo: Lukas Hornicek (7)
Quem diria que o dono das redes dos arsenalistas iria tornar-se absolutamente decisivo? Depois de uma primeira parte em que devia ter pagado bilhete para assistir à partida — entenda-se que neste período não foi chamado à ação e, como tal, teve o privilégio de ser contemplado com uma bela exibição da sua equipa e com a bola a ser jogada praticamente sempre no meio-campo defensivo no Nice —, o camisola 1 saltou para a ribalta nos segundos 45 minutos. À atenção demonstrada nos cruzamentos e em alguns atrasos pouco ortodoxos (não foi, Bright Arrey-Mbi?), juntou-lhe duas intervenções de nível... europeu, negando autenticamente os golos a Kevin Carlos (que desviou à entrada da pequena área) e a Isak Jansson (que rompera pela esquerda e rematara forte e cruzado). Não é por acaso que Hornicek é conhecido como 'Iceman'...

Vítor Carvalho (6) - O médio brasileiro regressou à titularidade para voltar a jogar como... central e esteve em bom plano. Forte nos duelos aéreos à retaguarda, tentou a sua sorte no ataque, mas a bomba saiu a rasar a barra da baliza contrária (51').

Niakaté (6) - O patrão da defesa bracarense. Jogando no meio de Vítor Carvalho e Bright Arrey-Mbi, o maliano foi a voz de comando e redobrou a atenção na segunda parte, por ocasião do maior fulgor do ataque francês.

Bright Arrey-Mbi (5) - Ainda que tenha tido algumas hesitações que poderiam ter custado caro, o gigante alemão acabou por merecer a nota positiva. Sobretudo pela disponibilidade física que é capaz de empregar em qualquer lance que disputa.

Víctor Gómez (6) - É certo que passou por problemas defensivos na etapa complementar, mas também não é menos verdade que nunca se vergou e entregou-se a todos os lances. E fica, claro, na história do jogo pela assistência primorosa que fez para o golo apontado por Pau Victor (28').

Gorby (6) - Exibição personalizada no meio-campo e que foi abrilhantada pela condução exímia de bola que resultou no tento do triunfo arsenalista. Foi obrigado a dar músculo ao miolo aquando da reação gaulesa e a equipa sentiu as suas boas vibrações.

Florian Grillitsch (5) - Também voltou aos eleitos iniciais de Carlos Vicens e apresentou a sobriedade habitual. Não teve, desta feita, muitas oportunidades para definir no último terço, mas deu os equilíbrios necessários enquanto esteve em campo.

Leonardo Lelo (5) - A projeção ofensiva, já se sabe, faz parte do dicionário do esquerdino, mas o encontro não apenas no primeiro tempo conseguiu dinamizar o corredor. Foi baixando a guarda com o desenrolar dos acontecimentos até ser rendido por Gabri Martínez, quando era precisa maior fresqura pelo seu flanco.

Pau Victor (7) - Não fossem os trunfos que Lukas Hornicek tinha na manga e o avançado espanhol tinha saltado deste espaço diretamente para o de melhor em campo. Não tanto pela exuberância da sua prestação, mas, e acima de tudo, pelo golo decisivo que apontou. E uma vitória pela margem mínimo em contexto europeu deve sempre merecer esse realce.

El Ouazzani (6) - De falta de entrega ninguém o pode acusar. O ponta de lança franco-marroquino voltou a demonstrar uma disponibilidade notável para participar nas ações ofensivas, tanto em zonas de finalização, como de costas para a baliza, acionando bem os apoios frontais, mas a verdade é que o golo teima em não aparecer. Maxime Dupé foi o seu grande adversário (14' e 52'), mas a esses lances ainda somou mais dois remates perigosos (18' e 75'). Não marcou... mas ofereceu. Que pormenor fantástico ao abrir as pernas para o tiro letar de Pau Victor (28').

Ricardo Horta (6) - O capitão já vai... em 450! São quatro centenas e meia de jogos da maior lenda viva da história do SC Braga. Não teve a oportunidade de coroar o registo com o (habitual) golo, mas foi de uma disponibilidade a toda a prova. Sempre que a bola lhe chega aos pés... é bem tratada.

Lagerbielke (5) - O último reduto defensivo estava a passar por alguns problemas e o internacional sueco foi importante para ajudar a resolvê-los.

João Moutinho (5) - Levou para o relvado a serenidade que se lhe reconhece e com isso a equipa voltou a estabilizar no miolo.

Gabri Martínez (5) - Refrescou o flanco esquerdo e ainda cheirou o golo num lance em que queria... cruzar. Mas Maxime Dupé deu uma sapatada na bola (90+1').

Fran Navarro (5) - Obrigou os centrais contrários a retraírem-se no quarto de hora final.

Gabriel Moscardo (-) - Poucos minutos em campo e apenas para fechar as portas.

As notas dos jogadores do Nice:

Maxime Dupé (6), Tiago Gouveia (6), Oppeng (6), Melvin Bard (5), Ali Abdi (5), Tom Louchet (5), Abdul Samed (5), Tanguy Ndombélé (5), Bernard Nguene (5), Kevin Carlos (5), Isak Jansson (5), Sofiene Diop (5), Mohamed Ali-Cho (5), Jonathan Clauss (-), Charles Vanhoutte (-) e Antoine Mendy (-).