Vasco Seabra: «Aqui ninguém chora sobre o leite derramado»
O Arouca (12.º, com 29 pontos) não ganha em casa há quatro jornadas. Além da derrota diante do FC Porto, sofreu três empates, com Rio Ave, Farense e Estoril, todos ao cair do pano, contingências que custaram aos lobos a perda de seis preciosos pontos.
Um ciclo a que o treinador Vasco Seabra quer pôr fim já na receção deste sábado (18h00) a um Famalicão (8.º, 37 pontos) tranquilo na tabela.
«O Famalicão tem bons valores individuais e coletivamente é uma equipa estável. Por isso sentimos que vai ser mais uma vez um jogo muito competitivo, um jogo no qual, se nós estivermos ao nosso melhor nível, vamos conseguir competir e temos condições para vencer. É também uma oportunidade que temos de conseguir aproximar-nos de um adversário que obviamente também queremos alcançar, pois queremos subir degraus. Regressamos a casa, queremos muito pontuar e vencer e, portanto, estamos com essa expectativa de que as coisas corram bem», projetou Vasco Seabra na antevisão ao duelo da 28ª jornada.
O facto de o Arouca não ter fechado ainda as contas da manutenção não é fator que pressione negativamente a equipa. «É uma pressão saudável que nós temos internamente para nós mesmos, que é em cada jogo tentarmos realmente ganhar os pontos. Não conseguimos em Braga onde, infelizmente, aos 90 minutos, acabámos por mandar a bola ao poste, o que não nos permitiu pontuar. Apesar do resultado, olhamos para o jogo com muitas coisas positivas e queremos pegar nelas e trazê-las para o duelo com o Famalicão. Temos a responsabilidade de lutar pelo três pontos, jogar com atitude, jogar na crença, na convicção, na determinação, na raça», frisou o treinador do Arouca.
«Os empates com Rio Ave, Farense e Estoril foram jogos nos quais o detalhe acabou por nos retirar 6 pontos e, neste momento, esses 6 pontos obviamente que nos levariam para um lugar que me parece mais condizente com aquilo que a equipa tem realizado. Os jogos têm sido um pouco ingratos para nós. Temos dado mais ao jogo do que o jogo nos tem dado a nós em termos de pontos. Isso reforça a nossa vontade de querer vencer e melhorar esse patamar em casa», acrescentou.
A lesão de Tiago Esgaio veio agravar a folha clínica do Arouca e condicionar ainda mais as opções de Vasco Seabra, que nesta altura está privado de seis unidades no grupo de trabalho. Contrariedades a que o treinador reage com a inteira confiança nos restantes elementos do plantel.
«São adversidades que nos têm criado algumas contrariedades de opção. É verdade que treinar algumas vezes com 13, 14 jogadores nem sempre é o ideal para aquilo que é a preparação da semana. Mas não vamos chorar nem vamos agarrar-nos a essas desculpas. Não há jogadores insubstituíveis, mas, tal como já referi na semana passada acerca do David Simão, obviamente que o Tiago é um elemento que faz falta à equipa. É como um relógio suíço, um jogador que tem um nível de desempenho e de compromisso com o jogo e com a equipa muito alto sempre. A verdade é que o Alex [Pinto] nos tem vindo a demonstrar que está muito preparado, que é uma solução muito boa para nós, que está com uma energia gigante e está com uma oportunidade fantástica de poder mostrar aquilo que ele também vale», explicou.
«Apesar de todas estas contrariedades, não temos sentido quebra em termos de equipa, o que é sinal de que o grupo em si é um grupo forte, que não se liga àquilo que é fatalidade, não fica a chorar sobre o leite derramado. Eles [Galovic, David Simão e Tiago Esgaio] não estão dentro de campo connosco, mas estão no dia-a-dia connosco numa exigência grande sobre os colegas. Sentimos que todos juntos vamos conseguir entregar-lhes a vitória», vincou Vasco Seabra.
O boletim clínico do Arouca continua pesado e fora da convocatória para o jogo da 28ª jornada estarão os defesas Galovic, Matías Rocha e Tiago Esgaio, os médios David Simão e Pablo Gozálbez e o avançado Dylan Nandín.
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