Tomás no mau e no mau, Sudakov no bom e no bom (as notas do Benfica)
(5) Trubin – Podia ter comprado pipocas e comê-las, descansadamente, uma a uma, até ao minuto 39. Aí, teve de se mostrar atento para deter remate frágil de Livolant. Fez uma grande defesa no penálti de Cassiano, esticando o braço direito até ao limite. Nada podia fazer no autogolo de Tomás Araújo. No lance do golo de Nhaga, porém, podia ter feito muito melhor: desviou o cruzamento com ‘mãos de algodão’. Esteve no bom e no mau.
(6) Dedic – Uma coisa é ter adaptados como Tomás Araújo ou Aursnes a lateral-direito; outra é ter Dedic. O bósnio esteve algum tempo parado por lesão, mas regressou com a mesma eletricidade no corpo. Recebia a bola e partia para cima do adversário direto. Tentou uma ou duas vezes sem êxito e, à terceira, preferiu o cruzamento para Pavlidis, lance que originaria o golo de Sudakov. Em cima da meia hora acelerou pelo meio, desequilibrou e serviu Lukebakio, que falhou o cruzamento. Entrou elétrico, mas a corrente foi caindo com o passar dos minutos.
(4) Tomás Araújo – Estava a fazer tudo bem, impedindo que alguns contra-ataques do Casa Pia criassem perigo e lançando, aqui e ali, Lukebakio e Sudakov. Mas estava no local errado no segundo errado quando, após a defesa de Trubin no penálti de Cassiano, introduziu a bola na própria baliza, sem que se perceba bem como ou porquê. Já perto do fim, falhou o corte e ofereceu a bola a Nhaga, que fez o 2-2. Noite ingrata, com dois erros graves, que Tomás quererá esquecer...
(5) António Silva – De regresso ao onze após V. Guimarães e Leverkusen, voltou a usar a braçadeira de capitão pela terceira vez na carreira. Pouco trabalho na primeira hora, mas muito mais a partir daí. Aos 62', alegou que a bola lhe batera apenas na barriga dentro da área; de facto, bateu na barriga e ressaltou para o braço. O árbitro entendeu haver motivo para penálti: Trubin defendeu e Tomás Araújo fez autogolo.
(6) Dahl – Era ele e mais dez, disse Mourinho depois do erro do sueco frente ao Leverkusen. Assim foi. Manteve o registo habitual: mediano a defender e mediano a atacar. No lance do 2-2, deu demasiado espaço ao cruzamento de Nhaga.
(5) Barrenechea – Remata muito, nem sempre bem. Teve um tiraço aos 9’, com a bola a ir ao poste direito após ressalto em José Fonte. Até ao intervalo, quando saiu, limitou-se a fechar bem os espaços.
(5) Ríos – Inúmeros passes na primeira parte, nenhum falhado. A abrir o segundo tempo, remate forte para defesa apertada de Patrick Sequeira. Ganhou no ar o penálti do 2-0. Mas teve tremenda falha na jogada do 2-2, chutando contra Nhaga — sem falta — permitindo o empate final.
(5) Lukebakio – Recebe a bola e cria sempre dúvida nos adversários: vai para dentro para rematar com o esquerdo ou para a linha para cruzar com o direito? Começou mal nos cruzamentos para Pavlidis e Sudakov. Em cima do intervalo teve grande ocasião, isolado, mas rematou contra Patrick Sequeira. Foi desaparecendo ao ritmo do apagão coletivo do Benfica na segunda parte.
(6) Aursnes – 21 jogos do Benfica, todos a titular. Primeiro tempo muito ativo, entrando várias vezes pela esquerda e combinando com Dahl, embora sem grande eficácia. No intervalo passou para o centro e o Benfica começou a perder o controlo do meio-campo. Não foi um grande Aursnes; foi um Aursnes mediano.
(6) Pavlidis – 21 jogos, 21 vezes no onze inicial. Brilhante no lance do 1-0: receção no peito, toque subtil de cabeça e assistência para Sudakov, a sua terceira na Liga. Ao minuto 60, fuzilou de penálti para o 2-0. Muito trabalho frente aos três centrais, com naturais dificuldades, mas a assistência para Sudakov foi soberba.
(3) Prestianni – Nada lhe saiu bem: remates, passes, cruzamentos. Destaca-se apenas uma trivela bem medida para Lukebakio, mas depois rematou muito mal.
(3) Leandro Barreiro – Entrou e marcou, mas estava fora de jogo quando a bola ressaltou do rosto de Ríos para o seu pé. E foi tudo.
(-) Ivanovic – Nada a assinalar.
(-) João Rego – Nada a assinalar.
(-) Henrique Araújo – Nada a assinalar.