Todibo justifica-se: «Ri-me, mas de modo algum estava a gozar, podia ser a minha mãe»
A tempestade que se abateu sobre Jean-Clair Todibo, que na passada sexta-feira foi apanhado a rir-se durante minuto de silêncio antes do Países Baixos-França, em homenagem ao professor assassinado por extremista islâmico no norte de França, levou a federação gaulesa de futebol a colocar o antigo defesa-central do Benfica perante os jornalistas esta segunda-feira, para se explicar antes do França-Escócia de amanhã - foi, de resto, já convocado pelo Conselho Nacional de Ética para se justificar.
O contexto era bastante particular: nas bancadas estávamos entre os adeptos adversários, alguns fizeram piadas e eu dei um riso nervoso
«Queria expressar-me em relação ao quão longe está a ir a situação. A interpretação que estão a fazer é de loucos. De forma alguma estava a gozar com a situação atual. O contexto era bastante particular: nas bancadas estávamos entre os adeptos adversários, alguns fizeram piadas e eu dei um riso nervoso. Em momento algum gozei com a situação», justificou o defesa, que foi ainda mais longe, garantindo que nunca faria tal coisa porque a progenitora trabalha no sistema de educação francês e também ela podia ter sido vítima.
«Estou emocionado porque isto afeta a educação que a minha mãe me deu. Vocês [jornalistas] deviam saber que a minha mãe trabalha na educação, isto poderia ter acontecido com ela», apontou o jogador de 23 anos, que é muçulmano.
🗣 "J'ai eu un rire nerveux. Je tenais à m'excuser auprès de toutes les personnes que j'ai pu offenser"
— CANAL+ Foot (@CanalplusFoot) October 16, 2023
La déclaration de Jean-Clair Todibo après avoir été filmé en train de rire lors de la minute de silence avant Pays-Bas / France 🇫🇷 pic.twitter.com/vGDLaMc4zu
O selecionador Didier Deschamps também se pronunciou sobre a polémica e até deu conta que «era desejo» de Todibo vir a público explicar-se e desculpar-se.
«Isto assumiu uma escala significativa. Ele ficou afetado, obviamente, pelo que se seguiu à sua atitude. Desculpou-se junto de mim. Era melhor dar a cara e expressar-se com suas palavras do que emitir um comunicado à imprensa. A situação não é a melhor, mas continua disponível para o jogo de amanhã», assegurou o selecionador francês.
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