Rúben Dias (golaço), Gvardiol e Foden garantiram os três pontos frente ao Sunderland e deixam equipa de Pep Guardiola a dois pontos do líder Arsenal, que perdeu com o Aston Villa

Sinfonia do City com requinte português, nota croata e letra francesa

Rúben Dias abriu caminho ao triunfo com golaço, Gvardiol ampliou e Cherki (novidade no onze) deslumbrou com assistência para Foden

Ainda a respirar de alívio após o susto sofrido com o Fulham (5-4), o Manchester City regressou a casa para dar seguimento às vitórias das últimas jornadas e, moralizado pela derrota do Arsenal, aproveitou para encurtar distâncias para o líder, vencendo o Sunderland por 3-0, na 15.ª ronda da Premier League.

O conjunto de Pep Guardiola entrou a dominar, mas sem efeitos no marcador, culpa da organização defensiva dos visitantes. O problema foi resolvido quando os centrais entraram ao serviço em terrenos mais adiantados. Rúben Dias, que tal como Matheus Nunes e Bernardo Silva foi aposta inicial, desbloqueou o jogo com um golaço de fora da área (31’), Gvardiol, quatro minutos depois, também mostrou dotes à frente da baliza adversária (35’).

Chegava para entreter o Etihad ao intervalo, mas não afastava fantasmas do passado, que já viram histórias destas acabar em sofrimento. Mas não foi o caso. Tanto, que mais golos poderiam ter surgido no reatar do jogo, valeu ao Sunderland o poste a evitar o golo de Doku e a defesa a intercetar remate de Foden.

Seguiu-se um par de ameaças dos visitantes — primeiro, Donnarumma resolveu um erro de Rúben Dias e travou Isidor (53’), depois o poste ajudou a parar Xhaka (55’) —, mas foi o City a balançar as redes de novo.

Cherki, única novidade no onze, encheu o campo e empolgou os adeptos da casa, que só não festejaram mais cedo na segunda parte porque Geertruida impediu Haaland de finalizar (59’). Não conseguiu assistir o norueguês, ofereceu o golo a Foden (65’), com passe de letra para ver e rever — tanto que ofuscou o cabeceamento certeiro do inglês (que nem queria acreditar).

Imparável, ainda deixou Reijnders na cara do golo (atirou ao lado, 73’), antes de assumir as despesas do remate (76’) — no entanto Roefs não quis dar-lhe o papel principal. Com aquela exibição, não precisava, já estava destinado a ser protagonista.

A boa campanha do Sunderland esta época não teve eco no Etihad e prova disso é que até final só num lance a equipa voltaria a dar nas vistas e foi quando o árbitro foi chamado pelo VAR para rever uma entrada perigosa de Luke O'Nien, que acabaria por valer o vermelho direto.

Festa sem espinhas do City, que se isola no segundo lugar e vê agora a liderança de mais perto — graças à escorregadela do Arsenal, está a dois pontos.

Recorde aqui o filme do jogo.