Ángel Di María a beijar o troféu de campeão do mundo, em 2022 (Imago)

«Se Di María voltar ao Rosario Central posso morrer»

Rubén Tomé, diretor técnico do clube de infância do argentino, recorda um reencontro que teve com a sua mãe e explica a alegria que teve pela sua carreira

Rubén Tomé, diretor técnico do El Toritos, clube de infância de Ángel Di María, contou que, recentemente, reencontrou a mãe do jogador e explicou o quão importante foi para si ver o internacional argentino a ter sucesso no futebol profissional.

«Ela mostrou-me o primeiro troféu de madeira que lhe dei quando o tive em Torito. A mãe dele disse-me para o guardar. É impossível não me emocionar. Tive a sorte de que isso acontecesse comigo, de tê-lo, de curá-lo quando estava ferido, de ter a certeza de que nada lhe faltava. Ele tinha uma família, mas dentro de campo eu era o responsável. Espero ter contacto com ele, ver as crianças tão grandes… Ele teve a trajetória que teve… O trabalho dele era o desporto e era o futebol», disse, em entrevista à Rádio Super Desportivo.

Tomé ainda revelou que era ele quem dava boleia ao atacante durante a sua infância e recorda o primeiro momento em que o viu a chutar uma bola: «Começou a jogar futebol com rapazes dois anos mais velhos e vi que era um menino raro. Eu vi-o a jogar, levantei-me e disse para ele ligar para a mãe... apresentei-me e disse-lhe que era o professor dos Los Toritos. Todos os dias eu ia buscá-lo de bicicleta, porque os pais dele tinham de trabalhar. Foi muito especial.»

«Se vejo o Ángel hoje, começo a chorar. Agradecia-lhe por tudo, porque me encheu de alegria. Se ele voltar ao Central posso morrer, para mim seria o êxtase», finalizou.