Alpendorada é um dos tomba-gigantes da Taça - Foto: LUSA
Alpendorada é um dos tomba-gigantes da Taça - Foto: LUSA

São estes tomba-gigantes que tornam a Taça especial

UD Leiria, Alpendorada e Ac. Viseu são os grandes protagonistas da 3.ª eliminatória da prova. Alverca, Estrela da Amadora e Gil Vicente caíram com estrondo. FC Porto cumpriu, mas SC Braga e Sporting sofreram imenso

Os anos passam e a tradição prevalece. As eliminatórias da Taça de Portugal são sempre pródigas em surpresas, o que faz do futebol um desporto absolutamente fantástico e onde se prova que os orçamentos não ganham jogos. Houve festa da rija em Leiria, Alpendorada e Viseu, onde caíram os primodivisionários Alverca, Estrela da Amadora e Gil Vicente, respetivamente.

Provou-se por A mais B que nem sempre o Golias leva a melhor diante do David e que a lei do mais forte nem sempre impera. Muitas vezes por sobranceria, outras arrogância, as equipas teoricamente de maior calibre ficam pelo caminho na prova-rainha do futebol nacional. Foi isso mesmo que ontem aconteceu com o Alverca, que ainda conseguiu levar o jogo a penáltis, depois de estar a perder por 2-0 até aos descontos dos 90 minutos. Seguiu-se o prolongamento e a lotaria dos penáltis, onde a formação do Lis foi mais competente e venceu por 4-2.

Surpresa houve igualmente em Alpendorada, equipa que, com a ajuda do filho do treinador do Sporting Rui Borges, despachou por 3-1 o Estrela da Amadora, gerando ondas de descontentamento nas hostes dos tricolores. Mas a festa dos chamados mais pequenos não se ficou por aqui e estendeu até à latitude de Viseu, onde o Académico local, que milita na Liga 2, fez o Gil Vicente — a equipa sensação da Liga portuguesa orientada por César Peixoto — cair com estrondo, com o ponta de lança André Clóvis em grande destaque.

Os clubes do principal escalão do futebol português subestimam muitas vezes os adversários e a história diz-nos que isso é meio caminho andado para o insucesso em campo. Há também que dar mérito a quem já trabalha de forma profissional, apesar dos parcos recursos.

O SC Braga, por exemplo, sentiu grandes dificuldades para sair incólume da deslocação a Bragança, mas um golo solitário impediu mais uma surpresa na terceira eliminatória da competição.

O FC Porto, por seu lado, sentiu grande réplica do modesto, mas brioso Celoricense na primeira parte, adversário que não resistiu, contudo, a uma entrada fulgurante do espanhol Samu na segunda parte que, num curto espaço de 11 minutos, apontou um hat trick, aniquilando por completo qualquer hipótese de reação por parte do emblema que milita no Campeonato de Portugal.

Leão em apuros na Mata Real

Mas quem passou por grandes calafrios foi mesmo o Sporting, que teve de ir a prolongamento para superar um aguerrido Paços de Ferreira, capaz de colocar a nu algumas das debilidades que a equipa de Rui Borges vem apresentando nos últimos encontros. O leão, detentor da Taça de Portugal prossegue em prova, mas teve de suar bastante para não se perder na Mata Real. Os castores tentaram a todo o transe esbater a diferença de qualidade das duas equipas, mas no prolongamento caíram de pé...