Rui Borges mostra 'cartão vermelho' ao deslumbramento
Rui Borges gostou muito da exibição do Sporting frente ao Casa Pia (vitória por 2-0), chegou a dizer, no final do jogo, ter sido «a melhor primeira parte» desde que chegou ao Sporting, mas, apesar ter ficado satisfeito com o rendimento da equipa em Rio Maior, não quer que a equipa tire o pé do acelerador frente ao Arouca, já no domingo, em Alvalade.
O treinador dos leões quer refrear a possibilidade de o ego dos jogadores ter ficado em alta pela belíssima exibição perante os gansos treinados por João Pereira e já lhes deixou uma espécie de aviso nas palestras subsequentes ao encontro de Rio Maior: frente aos aroquenses quer a mesma disponibilidade física para continuar a manter a pressão bem alta, não dando tréguas ao adversário, nem capacidade para que ele respire confortavelmente, digamos assim.
Rui Borges não quer, no fundo, que os jogadores desacelerem ou julguem que o Arouca (3-1 ao Aves SAD no arranque da Liga) são favas contadas. O treinador deseja que os atletas mantenham o foco para o jogo com a equipa orientada por Vasco Seabra e se foquem naquilo que é verdadeiramente importante para os leões: somarem mais três pontos.
Por outro lado, o técnico pretende dar uma espécie de prenda aos adeptos leoninos neste primeiro jogo no renovado José Alvalade, depois de terem jogado no Jamor (Villarreal, 1-0, Torneio Cinco Violinos), Algarve (Benfica, 0-1, Supertaça Cândido de Oliveira) e Rio Maior (Casa Pia, 2-0, jornada 1 da Liga).
O Estádio José Alvalade foi remodelado e, como A BOLA já adiantara, as mudanças foram profundas: fecho do fosso e ampliação das bancadas, com os adeptos a estarem mais perto dos jogadores e das emoções dos jogos, embora nem tudo esteja finalizado. Além disso, será a estreia de um relvado híbrido.
Rui Borges quer uma grande exibição neste regresso a Alvalade e, estando consciente de que, após o jogo com o Casa Pia, poderá haver algum deslumbramento, pede foco, atitude e pressão alta frente ao Arouca. Que, sabe muito bem o treinador campeão nacional, nunca será um adversário fácil, tímido ou remetido a defesa profunda da baliza que presumivelmente será de João Valido.