Os elogios de Palhinha, a evolução de Carreras e o jogo para tirar dúvidas - tudo o que disse Bruno Lage
Bruno Lage entrou já de noite na sala de imprensa do Allianz Arena, palco do jogo de quarta-feira. O líder da equipa encarnada, cerca de uma hora depois da hora prevista (perto das 21h00 na Alemanha, menos uma em Portugal continental), devido a um atraso no voo da comitiva de Lisboa para Munique, fez a antevisão do Bayern-Benfica desta quarta-feira, que chega depois de uma derrota por 1-3, na Luz, com os neerlandeses do Feyenoord, na 3.ª jornada da competição.
Leia em baixo tudo o que disse Bruno Lage:
-Tendo em conta que o Bayern tem duas derrotas e uma vitória nesta Champions, que tipo de adversário espera encontrar?
- Espero um adversário difícil, uma equipa muito competente, mas acho que eles também estão a olhar para nós dessa maneira. Independentemente dos pontos deles e dos nossos, acho que vai ser um jogo muito interessante, muito competitivo e com ambas as equipas a olharem para o adversário e vendo o grau de dificuldade do oponente.
- Não tendo Bah, vai jogar com Tomás Araújo a lateral-direito?
- Estão em cima as três possibilidades que temos, o Tomás, o Issa [Kaboré] e até mesmo o Leandro [Santos], um miúdo que tem trabalhado connosco. Temos essas três possibilidades.
- Sente que este é o jogo mais difícil que tem desde que regressou ao Benfica?
- É um facto. Quando olhamos para o Atlético de Madrid e o Feyenoord, vemos agora um adversário que é poderoso, com grandes nomes, realmente, tendo em conta os jogos eu fiz, trata-se de um adversário muito competente, uma equipa reconhecida na Europa, com grandes jogadores e treinador, que já defrontei anteriormente…trata-se de um desafio muito interessante, até mesmo para perceber até que ponto estamos prontos para jogar a este nível. Mas vejo, uma vez mais, uma equipa consciente do trabalho que pode fazer, do jogo que pode fazer; estamos convictos que podemos fazer um bom jogo, que é o mais importante para nós.
- Qual o peso da história, uma vez que o Benfica perdeu sempre com o Bayern?
- O peso da história seria se fossem sempre as mesmas pessoas a jogar o mesmo jogo, como são pessoas diferentes é um desafio, um desafio de podermos jogar o nosso jogo aqui. O mais importante é estarmos convictos daquilo que podemos fazer, do jogo que podemos fazer perante este adversário e conquistar pontos, que seria muito importante para nós nesta altura.
- Carreras tem evoluído. Acha que as comparações com Grimaldo fazem sentido?
- Nota-se mais a evolução dos jogadores quando estão a jogar. O que fizemos foi olhar para os jogadores e coloca-los em campo para tirar partido das competências de cada um. Sobre a comparação, a única coisa é serem da mesma nacionalidade. Apesar dos dois jogarem a lateral-esquerdo são diferentes, com características diferentes. Tratam-se de dois jogadores com muita qualidade, Grimaldo já com uma carreira, Carreras a construir algo de muito bom e ao serviço do Benfica.
- Sente a equipa confiante? Pode ser a atitude a fazer a diferença neste jogo?
- Sinto a equipa convicta de que pode fazer um grande jogo. Não sei se atitude é a palavra certa, mas a predisposição para o jogo, cé o que queremos também nas nossas vidas, fazer o melhor que podemos fazer no momento e hora certas e é o que vamos tentar fazer neste jogo, quando surgem estes momentos apresentarmos a nossa melhor versão.
- João Palhinha elogiou muito o Benfica.
- É sempre bom sermos reconhecidos pelos adversários. O João é um médio e vê também o jogo de forma diferente, é um médio de enorme qualidade. Quando se é médio vê-se o jogo de outra maneira, de uma forma mais global e certamente foi nesse sentido que ele analisou a nossa equipa. Sentimo-nos reconhecidos, mas mais importante é podermos fazer um bom jogo. Isso é que está no nosso pensamento.