O único navegador de um barco à deriva: as notas do Malmo

Perante as clareiras nas bancadas do Estádio do Dragão, a defesa do Malmo a também abriu muitos buracos ao FC Porto, sobretudo pelas laterais, onde Larsen e Busanello chegavam muito tarde ao homem que marcavam, como se viu no primeiro golo de Samu (30’). O avançado espanhol aproveitou a distração do capitão Jansson para marcar (36’) o segundo.

Soumah liderava o ataque e a pressão, e ainda assustou (12’) com um remate após intercetar um passe de Kiwior. Mas teve pouco apoio, com Lundbergh em particular a perder muitas bolas no ataque.

Médios como Busuladzic e Johnsen foram competentes nalgumas marcações individuais a Froholdt e Mora, mas só quando o FC Porto saía a jogar desde trás e o Malmo ousava subir a pressão. Bastava o dragão acelerar para os jogadores do Malmo correrem desenfreadamente para trás.

Skogmar e Haksabanovic não materializaram a vontade de marcar em lances de qualidade e, na 2.ª parte, estava à vista de todos de que esta não é a equipa com mais títulos de campeão na liga sueca (24). Entrou com vontade de jogar, mas esteve muito errática, facilmente desorganizável e, a certo ponto, resignada a somar nova derrota.

Dos suplentes, Erik Botheim, que não jogava desde maio devido a lesão, esteve ligado ao autogolo (90+4') inusitado de Francisco Moura no último lance do jogo. Um golo caído do céu, demasiado tardio para mudar o destino que o Malmo pouco fez para evitar.

As notas dos jogadores do Malmo: Robin Olsen (7); Stryger Larsen (3), Pontus Jansson (4), Rosler (4), Busanello (4); Skogmar (5), Johnsen (5), Busuladzic (5), Lundbergh (3), Haksabanovic (5); Soumah (6); Oscar Lewicki (5), Emmanuel Ekong (5), Erik Botheim (5), Johan Karlsson (-), Daníel Gudjohnsen (-)