Mundiais atletismo: Pichardo é campeão do Mundo de triplo salto!
Pedro Pichardo é campeão do Mundo do triplo salto, tornando-se esta sexta-feira o primeiro português a conquistar dois títulos, depois de o ter feito em Oregon2022.
No palco onde alcançou o título olímpico de Tóquio2020, Pedro Pichardo foi o primeiro a saltar e fê-lo com segurança, 17, 07 metros, e mais confiante deve ter ficado depois de ver aqueles que eram apontados como os principais rivais, o italiano Diaz e o jamaicano Jordan Scott, se estrearem com nulos.
Who is the best? Who is the best, baby?!
O primeiro a passar Pichardo foi o cubano Martínez (17,16 m), depois o argelino Triki ainda fez melhor ao saltar 17,25 m no primeiro dos três saltos iniciais disponíveis para todos.
Portugal - Medalhas de ouro em Mundiais
TÓQUIO2025 Pedro Pichardo (Triplo)
TÓQUIO2025 Isaac Nader (1.500 metros)
OREGON2022 Pedro Pablo Pichardo (triplo salto)
LONDRES2017 Inês Henriques (50 km marcha)
OSAKA2007 Nelson Évora (Triplo salto)
ATENAS1997 Carla Sacramento (1.500 metros)
GOTEMBURGO 1995Fernanda Ribeiro (10.000 metros)
GOTEMBURGO 1995 Manuela Machado (Maratona)
ROMA1987Rosa Mota (Maratona)
Mas o português, que em março deste ano trocou o Benfica, com quem se incompatibilizou, pelo ATL-Etica, um clube italiano de atletismo sediado em San Vendemiano, na região de Treviso, respondeu ao seu melhor nível no segundo salto, alcançando o melhor resultado deste ano com voo a 17,55 metros e o primeiro lugar do concurso do triplo.
Lázaro Martínez saltou para de aproximar e no segundo salto conseguiu 17,49 metros.
À terceira tentativa, Pichardo repetiu os 17,55 e manteve-se na frente mesmo antes de ver seu concorrente direto Andy Díaz, igualmente de origem cubana como o português naturalizado no fim de 2017, saltar 17,19 metros e fazer pior na terceira tentativa.
Na derradeira corrida às medalhas, Pichardo entrou na frente (17,55), seguido pelo cubano Martínez (17,49) e o argelino Triki (17,25). Triki voou baixo, Martínez nulo e o confiante português fez 17,36, quando faltavam dois saltos para a decisão. E apesar da regularidade nada estava ganho.
Pichardo assistiu a todas as ameaças, sempre focado, e ninguém ousava aproximar-se. Triki saltou nulo, Martínez igualmente longe e Pichardo prescindiu do quinto salto. Deitado no chão do Estádio japonês não viu, mas percebeu que Díaz saltou 16,31 e ficou irremediavelmente no sexto lugar. Scott ainda fez pior e saltou nulo.
Mas o italiano Dallavalle, que entrara para a última ronda no quarto lugar, jogou a última hipótese de medalha e pasou para a frente da prova com 17,64 metros, afastando Pichardo do ouro. Um autêntico golpe de teatro.
Com a prata no bolso, Pichardo pediu apoio para o último salto e voou para 17,91, a melhor marca mundial do ano e o ouro!
Com um sorriso de orelha a orelha, virou-se para a camara e disse apenas: «Who is the best, baby? Who is the best. baby?». E se dúvidas existissem sobre quem é o melhor, ficaram hoje desfeitas.
🇵🇹 O salto que valeu a Pedro Pablo PICHARDO o título de CAMPEÃO DO MUNDO🥇 👏
— Eurosport Portugal (@EurosportTV_Por) September 19, 2025
Palmarés do atleta português em Mundiais: 🥇 🥇 🥈 🥈 pic.twitter.com/RYzXiVDgwE
A 25.ª medalha lusa em Campeonatos do Mundo foi assim assegurada por Pichardo, a 17,91 metros, à frente do italiano Andrea Dallavalle (17,64) e do cubano Lázaro Martínez, com 17,49.
O recorde do mundo de 18,29 pertence a Jonathan Edwards há 30 anos e Pedro Pichardo é o sexto melhor atleta de sempre na disciplina com 18,08 alcançados ainda quando era cubano, antes de colocar o recorde nacional em 18,04.
Já o máximo português em termos de medalhas é de quatro e já aconteceu em duas edições: Gotemburgo1995 - ouros de Manuela Machado na maratona e Fernanda Ribeiro nos 10.000, com a prata nos 5.000, e o bronze de Carla Sacramento nos 1.500 - e em Atenas1997 - ouro de Sacramento nos 1.500, pratas de Machado na maratona e Ribeiro nos 10.000, ainda com o bronze nos 5.000.
Esta segunda medalha em Tóquio2025 iguala as dobradinhas de Roma1987 (ouro de Rosa Mota na maratona e prata de Domingos Castro nos 5.000 metros), Londres2017 (ouro de Inês Henriques nos 50 km marcha e bronze Nelson Évora no triplo salto), Berlim2009 (prata de Évora no triplo e bronze de Naide Gomes no salto em comprimento) e Helsínquia2005 (bronzes de Rui Silva nos 1.500 metros e de Susana Feitor nos 20 km marcha).