Morreu a escritora e bióloga Clara Pinto Correia
A escritora e bióloga Clara Pinto Correia foi encontrada morta esta terça-feira, na sua casa em Estremoz, no Alentejo, noticiou o jornal Correio da Manhã.
Escritora — Adeus, Princesa, obra publicada em 1985 e adaptada ao cinema por Jorge Paixão da Costa, é a sua obra mais conhecida — e bióloga — foi investigadora e professora universitária —, Clara Pinto Correia afastara-se da vida mediática e deixara Colares (Sintra), depois de dificuldades financeiras.
«Fiquei sem emprego, sem qualquer espécie de trabalho. Primeiro que começasse a receber o subsídio de desemprego foram quase dois anos. Nas filas da Segurança Social olhavam para mim de esguelha. A minha senhoria da casa no Penedo [perto de Colares] pôs-me uma ordem de despejo. Há 30 anos que lhe arrendava a casa e dava-me lindamente com ela», contou à revista Sábado, em janeiro de 2025.
Clara Pinto Correia tinha 65 anos.
O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa já reagiu ao desaparecimento da autora, em nota no site da Presidência.
«Clara Pinto Correia juntava à alegria de viver, uma inteligência e um brilho que se expressaram na intervenção oral e escrita, no magistério científico e na comunicação com os outros. Não deixou nunca ninguém indiferente. Daí o sentido de ausência por todos partilhado neste momento», assinalou, apresentando «à Família, amigos e admiradores de Clara Pinto Correia os seus afetuosos sentimentos, consternado pela sua partida prematura».