Marco Silva: «Não sou uma pessoa fácil de lidar porque sou muito ambicioso»

O treinador do Fulham, Marco Silva, falou sobre o seu futuro no clube londrino, numa altura em que se aproxima do seu 200.º jogo como técnico principal.

Em entrevista à Sky Sports, o português abordou também os planos para o mercado de transferências de janeiro e a sua reflexão sobre o tempo passado em Craven Cottage.

Apesar da melhoria de forma dos Cottagers, que venceram dois dos últimos três jogos na Premier League, as questões sobre o futuro de Marco Silva permanecem. Com o seu contrato a expirar em 2026 e uma proposta de renovação por três anos em cima da mesa, o processo arrasta-se há semanas sem confirmação de acordo.

Antes da vitória sobre o Sunderland, Marco Silva já havia admitido que não é «uma pessoa fácil de lidar» ao comentar as negociações. Em estúdio, o técnico aprofundou as declarações, garantindo que o foco não está em termos pessoais ou salariais.

«Às vezes, as pessoas pensam que a duração do contrato e as questões financeiras são o mais importante. Não vou ser ingénuo e dizer que não são importantes, mas outras coisas também o são», explicou à Sky Sports.

Silva sublinhou que a sua ambição para o clube está no centro das conversações, o que pode explicar a demora em chegar a um entendimento:

«Eles sabem o quanto gosto de estar neste clube. Por vezes, não sou uma pessoa fácil de lidar porque sou muito ambicioso. Não se trata apenas da duração ou da situação contratual. É sobre o todo. Queres ver tudo e qual é o próximo passo [do clube].»

Um ponto onde Marco Silva foi claro foi a necessidade de investimento no mercado de transferências de janeiro. O treinador, que já manifestou frustrações após o último verão, considera as contratações praticamente inegociáveis.

«Não está claro apenas para mim, mas para todos no clube, o que é necessário e o que vamos tentar fazer na próxima janela de transferências», disse o técnico, acrescentando que a situação é urgente devido a múltiplos fatores.

«Vamos ver o que conseguimos fazer no mercado, porque será importante agir. Não é só por causa do verão passado. Temos algumas lesões que criam cenários diferentes e, com a CAN, vamos perder três jogadores [o trio nigeriano Calvin Bassey, Alex Iwobi e Chukwueze]», concluiu.

O encontro de sábado contra o Tottenham marcará o 200.º jogo de Marco Silva ao leme do Fulham, o período mais longo que passou num clube ao longo da sua carreira.

«Tenho de me orgulhar disso. Não é fácil, neste meio, ter tanto tempo. Apesar de ter sido um longo período, não sinto que tenha sido assim tanto tempo. Sinto que o tempo passou muito depressa, o que é um bom sinal», afirmou Silva, que se mostra totalmente focado no próximo desafio.

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