Bruno Fernandes, capitão do Manchester United - Foto: IMAGO

Mãozinha de Bruno Fernandes 'trai' Ruben Amorim em Espanha

Empate a um golo coloca tudo em aberto para a segunda mão. Penálti cometido por Bruno Fernandes levou ao golo de Oyarzabal, minutos depois de Zirkzee abrir a contagem

No final do jogo, ficou tudo igual ao que estava no início. Pelo menos, no que às contas da eliminatória diz respeito. O Manchester United, de Ruben Amorim e com Bruno Fernandes e Diogo Dalot no onze, empatou em casa da Real Sociedad por 1-1, na primeira mão dos oitavos de final da UEFA Europa League.

Esperava-se uma reação dos red devils à eliminação na Taça de Inglaterra e, do lado da Real Sociedad, uma resposta à goleada imposta pelo Barcelona por 0-4 no campeonato espanhol. A jogar em casa, os bascos quiseram mandar no jogo, mas com pouco perigo para a baliza de Onana. A lição vinha bem estudada por parte da equipa de Ruben Amorim, que permitiu essa liberdade ao adversário e assumiu, nas transições rápidas, a vontade de chegar mais à frente.

Foi nestes momentos em que se viram, uma e outra vez, algumas das coisas boas... e das más do Manchester United. Porque, mesmo tendo esse perigo, voltou a haver muito desperdício, muitas bolas perdidas e pouco a apresentar frente à baliza. Dorgu atirou por cima, Garnacho viu Remiro evitar golo e Bruno Fernandes viu um golo ser-lhe tirado na linha.

Foi na segunda parte que os red devils se mostraram mais perigosos, sobretudo no primeiro quarto de hora. E se, por um lado, Garnacho foi dos mais criticados na equipa de Ruben Amorim, a diferença dos últimos meses tem sido... da noite para o dia. No País Basco, foi o mais irreverente no 1 para 1, tentou várias vezes o golo e ainda serviu Zirkzee para o neerlandês fazer o primeiro da partida, perto da hora de jogo.

Nesta fase, as coisas corriam bem ao Manchester United. É um sentimento que, nos últimos tempos (ou até mesmo anos...) dá sempre a sensação de estar perto de dar aso a algum tipo de catástrofe. A Real Sociedad cresceu, tentou, por Brais Méndez - o mais inconformado dos anfitriões - chegar ao golo mas foi na sequência de bola parada que tudo ficou igual: ao minuto 70, Bruno Fernandes cortou canto com a mão, Oyarzabal assumiu a grande penalidade e não desperdiçou. Óskarsson e Sheraldo Becker ainda ameaçaram a baliza de Onana, que se mostrou presente nas escassas intervenções que teve e, no final, tudo ficou igual ao início.

É como se a primeira mão não tivesse existido, mas só em termos de resultado: o Manchester United tem uma tela em branco para fazer, perante os seus adeptos, aquilo que for preciso para chegar aos quartos de final. Um processo bem mais difícil para a Real Sociedad, que, mesmo na Reale Arena, não foi superior ao adversário.

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