Base esteve sob investigação do FBI de Nova Iorque, mas continua sob suspeita na NBA

Malik Beasley suspeito de apostas ilegais

Ex-jogador dos Pistons e segundo mais votado para Suplente do Ano em 2024/25 poderá ter estado envolvido em fraudes com as suas estatísticas nos Bucks. Tem dívidas superiores a €6,8 milhões

Depois de, na passada semana, o advogado Steve Haney ter garantido que Malik Beasley já não era alvo de investigação por parte do departamento do FBI de Nova Iorque devido a suspeitas de fraude eletrónica, apostas em dinheiro ilegais e apostas falsas, caso que corria desde o início do verão e que, de imediato, fez com que os Pistons lhe retirassem a proposta de renovação por três temporadas no valor de 42 milhões de dólares (35,77 milhões de euros), eis que, ontem, surgiu a notícia que a Liga não ligou muito à decisão e está a conduzir a sua própria investigação sobre o base de 28 anos, com nove temporadas na NBA.

Segundo fontes da Liga, a inquirição estará perto da conclusão e Haney diz agora que o seu cliente, que na última época foi o segundo mais votado para o troféu de Suplente do Ano, atrás de Payton Pritchard (Celtics), está a «cooperar plenamente».

Haverá dados apresentados pelo menos por uma empresa de apostas norte-americana que diz ter detectado um interesse invulgar nas estatísticas de Beasley, sobretudo ligado aos ressaltos, a 31 de janeiro de 2024. Encontro entre os Bucks, onde então Malik atuava, e os Blazers. No entanto, existirão outros jogos do conjunto de Milwaukee a serem investigados.

Nessa temporada, Beasley disputou 79 partidas da regular season, com médias de 11,3 pontos, 3,7 ressaltos e 1,4 assistências. Na época 2024/25, que não estará na alçada da investigação, foi utilizado em todos os 82 encontros dos Pistons na fase inicial (16,3 pts, 2,6 res, 1,7 ass), assim como em seis do play-off.

De qualquer forma, em agosto o basquetebolista já foi alvo de quatro notas de culpa relacionadas com o esquema de apostas em que esteve envolvido Jontay Porter, irmão do campeão da NBA pelos Nuggets Michael Porter Jr., transferido no defeso para os Nets, e que em 2024 levou à irradiação da NBA de Jontay quando alinhava nos Raptors e na equipa da G League Raptors 905.

Além dos problemas de suspeitas de apostas nos seus jogos, Malik Beasley, que em 2024/25 auferiu 6 milhões (5,1 milhões) do contrato de um ano com os Pistons, terá dividas superiores a 8 milhões (6,81 milhões) e não teria pago durante meses a renda de um apartamento de luxo na baixa de Detroit. Isto no prédio The Stott, que curiosamente faz parte de uma imobiliária liderada pelo dono dos Cavaliers Dan Gilbert.

Interposta uma queixa em tribunal, o base foi expulso da residência, mas também segundo o advogado Steve Haney, já foi autorizado a voltar ao apartamento após ter saldado a divida de 38 mil dólares (32.360 mil euros).

Beasley optou por manter-se a viver em Detroit e além dos Pistons, estarão igualmente interessados nos seus serviços os Wolves, Knicks e… os Cavs. Só que, enquanto a NBA não fizer a declaração final sobre a investigação em curso, ninguém se compromete com nada.

Lançamentos sobre o apito

Quando a temporada 2025/26 arrancar a 21 de outubro, irá contar com uma nova norma no que diz respeito ao registo estatístico. Por proposta do comité de competição, testado na Liga de Verão de Las Vegas e aceite, esta quarta-feira, pelo Board of Governors, órgão máximo que integra os representantes dos 30 clubes, os lançamentos realizados nos últimos 3 segundos dos três primeiros quartos e que sejam efetuados a mais de 11 metros do cesto numa jogada que tenha tido início no meio campo contrário, não serão averbados ao jogador que realizou o lançamento, mas à equipa.

Com isto procura-se que existam mais cestos milagrosos sobre a buzina e que os basquetebolistas não tenham receio que ao falharem isso venha afetar as respectivas estatísticas de eficácia, que em alguns casos até se podem refletir com prémios a receber no final da temporada.