Luís Pinto, treinador do Vitória de Guimarães, analisou a derrota no Estádio do Dragão diante do FC Porto

Luís Pinto: «Até ao golo, o jogo foi dividido»

Treinador do Vitória de Guimarães analisou desaire contra o FC Porto no Dragão (0-3)

No rescaldo da derrota no Dragão, Luís Pinto analisou a exibição do Vitória de Guimarães.

Análise ao jogo e a entrada forte do FC Porto

«A entrada foi mais forte da nossa parte, tivemos uma oportunidade logo a começar o jogo. Até ao golo, o jogo foi dividido e sentimos essa pressão. Sabíamos que ia acontecer, mas a equipa estava bem. Simplesmente foi uma questão de eficácia nesse momento. Sofremos o golo e, na primeira parte até ao intervalo, o FC Porto teve ascendente. Com a envolvência do estádio, foram fortes na agressividade, tiveram o dobro das faltas que nós cometemos, o que demonstra bem essa intensidade superior à nossa.»

Já esperava entrada forte dos dragões

«Com todo o respeito pelo FC Porto, prefiro tirar ilações para a minha equipa. Temos de pegar nos aspetos que temos de melhorar e enriquecer o processo da nossa equipa. É fundamental termos um nível de concentração sempre altíssimo, com exigência e rigor muito elevados. Isso fez a diferença no resultado final.»

Mudança tática

«A questão tática teve muito mais a ver com a nossa equipa com bola. O que estava a acontecer é que estávamos a sofrer muita pressão e a vantagem estava toda no corredor esquerdo do Porto. Quando conseguíamos rodar o jogo pelo João ou pelo Camará, criávamos ações que colocavam o João em situações de dois contra um com o Camará. A mudança teve mais a ver com o aspeto ofensivo.»

Muito a melhorar?

«Se pensássemos que, na primeira jornada, não teríamos muito trabalho pela frente, estaríamos a olhar para as coisas de forma errada. Não creio que o sistema tático tenha tido muita influência no resultado. O que fez a diferença foi a intensidade e as dinâmicas, que são o mais importante. A realidade é que não fomos suficientemente dominadores para conseguirmos outro resultado, e sobre isso temos de trabalhar no que pretendemos para a nossa época.»

Entrada de Ndoye

«Foi precisamente nessa crença na profundidade que apostámos nele, porque tem características físicas diferentes das que temos no plantel e ataca o espaço de forma muito interessante. Queríamos utilizar essas características.»

Adeptos vitorianos

«Viemos jogar a um Dragão entusiasmado para a nova época do FC Porto e houve muitos momentos em que ouvimos os nossos adeptos a cantar. Queríamos aproveitar essa energia para que o Ndoye pudesse ter uma integração no clube ainda mais rápida. Aproveito para deixar uma palavra de apreço aos adeptos: numa segunda-feira à noite, estiveram presentes e fizeram um barulho incrível. Não surpreende, já estávamos à espera, porque faz parte da identidade do clube. Fica o agradecimento pela presença deles.»