Liga Europeia: Benfica escorrega à porta dos 'quartos'
O Benfica foi eliminado no play-off de apuramento para os quartos de final da Liga Europeia de andebol, esta terça-feira, com derrota por 31-34 frente ao GOG, na Dinamarca, após vitória por dois golos na Luz, na primeira mão (33-31).
A equipa portuguesa esteve na liderança do marcador muitas vezes no jogo, mas os nórdicos impuseram-se nos minutos finais, com reviravolta e vantagem tangencial na eliminatória, perante a incapacidade dos benfiquistas em manter o nível do desempenho.
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As águias mostraram, desde o arranque da partida, inspiração para lutar pela eliminatória contra um adversário e um ambiente difíceis e colocaram-se em vantagem por 1-3, aos seis minutos, após golo inaugural de Demis Grigoras seguido de bis de Egon Izquierdo, a evidenciarem bem cedo a preponderância na equipa neste jogo.
Os encarnados mantiveram-se na liderança até aos 12 minutos, quando se viram igualados e imediatamente ultrapassados pelos dinamarqueses (6-5), pela primeira vez em vantagem no jogo, com golo da sua estrela Tobias Grondahl, e assim permaneceram até aos 24 minutos, quando as águias deram a volta (11-12), concretizada com golo de Hanusz.
Uma jogada em que o guarda-redes Gustavo Capdeville foi mal batido e na na outra baliza Jonahnnesson contrapôs com uma excelente defesa proporcionou uma reviravolta no marcador (13-12). O guardião português redimiu-se logo a seguir e mesmo com a exclusão de Cavalcanti, o Benfica marcou por Izquierdo e foi para intervalo com positivo empate (15-15) - que poderia tê-lo feito mais melhor, se Alexis Borges não tivesse desperdiçado uma derradeira oportunidade, em jogada estudada, nos derradeiros segundos.
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A segunda parte iniciou-se com tendências mistas para a equipa portuguesa. Ao ímpeto madrugador que, à semelhança da primeira etapa da partida, valeu uma vantagem de dois golos (15-17), após golos Egon Hanusz e de Stiven Valência, sucedeu-se a expulsão deste último, a castigar uma placagem dura.
Contrariedade para as águias que resultou em reação imediata do GOG, que empatou 18-18, mas acabou por ter efeito contrário, impulsionando o Benfica para a melhor fase da equipa no jogo, culminada, aos 9 minutos, na sua maior vantagem, três golos (19-22), depois de concretização de Grigoras.
Inevitáveis, o jogador romeno e o companheiro de equipa espanhol, Izquierdo, continuaram a ser determinantes em manter o Benfica na liderança na sequência de reaproximação dos dinamarqueses (26-27), à passagem no minuto 19. Todavia, surgiu novo empate na jogada seguinte e a reviravolta não demorou (29-28, aos 21’), e o mesmo para a igualdade na eliminatória (30-28), à entrada dos últimos cinco minutos.
Entrados em fase decisiva do jogo – e da eliminatória -, cada lance, cada erro, cada ação eficaz, contaram até ao último segundo. O GOG marcou e colocou-se em vantagem, por três golos, a pouco mais de um minuto do final, e o Benfica não conseguiu marcar na jogada seguinte.
Após o jogo, o treinador do Benfica Jota González lamentou a eliminação. «Creio que fizemos um ótimo jogo, logicamente com alguns erros, mas houve coisas muito relevantes que nos condicionaram: o cansaço dos jogadores; à hora de disputar a partida não ter um substituto para o Demis [Grigoras]; e, o mais importante, a lesão do guarda-redes Gustavo Capdeville, o que nos impediu de jogar 7 contra 6 nos minutos finais, facto que nos limitou muito».
«Além disso, o adversário foi muito certeiro e eficaz durante a 2.ª parte, e tudo isso fez com que não fosse possível alcançar o resultado que pretendíamos, depois de todo o esforço que fizemos. Mas estou muito orgulhoso do trabalho dos jogadores e de tudo o que tentámos fazer em campo. O jogo mudou na parte final quando eles colocaram 7 contra 6 – estavam perdidos... E aí começaram a dar a volta, e nós não fomos capazes de marcar golos de baliza a baliza», declarou o técnico espanhol.