Lewis Hamilton: «Sou um inútil! A Ferrari precisa é de mudar de piloto»
Lewis Hamilton foi imagem de frustração após a qualificação para o Grande Prémio da Hungria, por não ter conseguido melhor do que a 12.ª melhor volta da sessão (Q2) e a respetiva posição na grelha de partida para a corrida de domingo em Budapeste.
Logo que regressava no Ferrari às boxes, depois a desapontando eliminação, o piloto britânico desabafou com a equipa, via rádio, um enigmático «sempre, sempre...», que era revelador do seu profundo mal-estar.
Mais tarde, aos jornalistas, o heptacampeão mundial não se escusou a esclarecer o que quis dizer com a expressão e estava tão insatisfeito consigo mesmo que chegou ao ponto de sugerir que a Ferrari «provavelmente precisa de trocar de piloto», referindo, em contraposição ao seu resultado medíocre, o exponencial desempenho do seu companheiro de equipa Charles Leclerc, autor da pole position para a prova magiar.
Esta qualificação desastrosa de Hamilton não destoa de uma dececionante temporada de estreia na Ferrari, em que ocupa o sexto lugar no campeonato e amiúde superado pelo colega monegasco.
Em declarações à Sky Sports F1, visivelmente abalado, Lewis Hamilton foi parco em palavras, mas estas foram esmagadoras. Desde logo, quando questionado sobre o significado da mensagem de rádio: 'sempre, sempre'?», respondeu: «Sou eu... [o problema], Sou sempre eu. O problema sou sempre eu».
O jornalista, então, insistiu: «Já ficou chateado noutras qualificações. Está frustrado, é isso? São as qualificações, os sábados...?». O recordista de vitória no GP da Hungria não se conteve: «Sim, sou um inútil, sou absolutamente inútil».
A mais uma questão - «Tem alguma resposta para o que está a acontecer? O carro, estão a tentar melhorá-lo para si?» - o piloto mais ganhador da história da Fórmula 1 descambou: «A equipa não tem qualquer problema. Como se vê, o nosso outro carro está na pole. Por isso, provavelmente precisamos de mudar de piloto».
Hamilton explicou ainda que «em nenhuma ocasião durante o fim de semana» sentiu que conseguiria «resultado melhor» na qualificação e considerou que esta foi «incrível para a equipa», refletindo um «grande progresso« da Ferrari.