Lenda da NBA estreia-se como treinador... convencido por Zidane e Henry
Tony Parker é um novo selecionador francês de basquetebol sub-17, informou esta sexta-feira a federação do país.
Depois de uma longa carreira na NBA, onde brilhou e conquistou quatro anéis ao serviço dos San Antonio Spurs – 2003, 2005, 2007 (foi eleito MVP das finais desse ano) e 2014 –, o antigo base, que também é empresário, estreia-se como treinador.
«A grande novidade é, obviamente, a chegada de Tony Parker ao banco para orientar a geração de 2009, que ficou em quinto lugar no EuroBasket de sub-16, rumo ao Mundial de Sub-17 na Turquia», lê-se, no comunicado da Federação Francesa de Basquetebol (FFBB).
Em agosto, numa entrevista à RMC Sport, Tony Parker havia revelado que Zinédine Zidane e Thierry Henry, compatriotas e figuras do futebol mundial, o tinham convencido a enveredar pela carreira de treinador.
«O Zinédine Zidane e o Thierry Henry falaram-me da paixão que sentem. Tenho esta vontade de transmitir, de retribuir ao basquetebol francês, e este é o próximo passo na minha vida. Falámos sobre isso e sei que essa conversa lhes deu muita alegria», afirmou.
«Eles estão no mesmo caminho que eu, com o desejo de partilhar conhecimento. Depois de várias conversas, pareceu-me óbvio dar este passo para retribuir ao meu desporto. Agora estou bastante entusiasmado! Após 22 anos na seleção francesa, queria primeiro tirar algum tempo para mim», acrescentou.
Parker terminou a carreira em 2019, ao serviço dos Charlotte Hornets, mas continuou ligado ao basquetebol, como presidente do ASVEL-LDLC, equipa francesa. Agora, essa ligação será diferente.
«Apesar de continuar ligado ao basquetebol com o ASVEL, não tinha de ir aos treinos todos os dias. Como treinador, isso vai mudar... Preparei-me durante dois anos para tomar esta decisão. Vivi com esta adrenalina desde os 15 anos e é também isso que procuro», explicou.
O ex-jogador confessou que também se inspirou em Gregg Popovich, lendário treinador com quem trabalhou nos Spurs: «Ao falar com ele e com outras pessoas, cheguei à conclusão de que a tática e a técnica representam apenas cerca de 15 por cento do trabalho. São importantes, mas o que realmente faz a diferença é a capacidade de unir o grupo, gerir os egos e liderar.»