Itália pensou em Mourinho, mas Buffon vetou
Segundo o jornal italiano La Reppublica, José Mourinho foi seriamente considerado para ser o novo selecionador de Itália, mas tal não aconteceu devido a veto de Gianluigi Buffon, antigo guarda-redes e Chefe da Delegação da seleção italiana.
O treinador português, atualmente no Fenerbahçe, chegou a ser visto como possível sucessor de Luciano Spalletti após a resposta negativa dada por Claudio Ranieri à Federação Italiana de Futebol. A análise foi, no entanto, curta, até porque não partiu da própria Federação, mas sim da Adidas, patrocinadora principal da squadra azzurra.
Para a gestão da Adidas, avança o La Reppublica, Mourinho é sinónimo de resultados e, por isso, seria uma boa escolha para ambas as partes: por um lado, deixaria a Itália mais perto de um lugar no Mundial 2026, uma prova em que a seleção italiana, tetracampeã mundial, não participa desde 2014, e para a própria Itália, que deverá ver o pagamento reduzido em caso de não participar no Campeonato do Mundo. E para garantir o treinador português, a marca alemã estaria disposta a assumir parte dos encargos financeiros exigidos pelo special one.
Contudo, Gianluigi Buffon, que acumula funções semelhantes à de um diretor desportivo, defendeu que era necessário resgatar outra figura de peso no seio do futebol italiano para renascer a modalidade num país que, apesar de conquistar o Euro 2020, anda há muito arredado das decisões em campeonatos do Mundo — desde que venceu o Mundial 2006, na Alemanha, que não passa da fase de grupos: caiu na primeira ronda em 2010 e 2014 e não participou em 2018 e 2022.
Não foi só o ex-guardião que se revelou obstáculo demasiado grande à chegada de Mourinho. O Fenerbahçe também não teria facilitado as negociações e, para que o português rumasse a terras transalpinas, a Federação teria de pagar milhões de euros ao emblema turco. Assim, o sucessor de Spalletti acabou por ser Gennaro Gattuso que, tal como Buffon, foi campeão do Mundo em 2006.
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