Christian Horner ao lado da mulher, a ex-Spice Girl, Geri Halliwell, que esteve sempre ao seu lado. IMAGO
Christian Horner ao lado da mulher, a ex-Spice Girl, Geri Halliwell, que esteve sempre ao seu lado. IMAGO

Horner paga milhões para acabar com processo 'Sexgate'

O ex-chefe da Red Bull que está no desemprego, Christian Horner, chegou a acordo com a antiga funcionária que o acusou de assédio e envio de mensagens de teor erótico, contando mais uma vez com o apoio da mulher, a antiga 'Spice Girl' Geri Halliwell

A antiga funcionária que a Red Bull despediu depois do escândalo retirou ação contra Christian Horner por comportamento inadequado após ter chegado a acordo financeiro, anunciou esta segunda-feira o jornal neerlandês De Telegraaf. Com a imprensa britânica impedida de escrever sobre o assunto, foram os media dos Países Baixos a noticiar o desfecho do Sexgate, que terá custados milhões de euros ao antigo chefe de equipa de Max Verstappen.

A ex-funcionária, cuja identidade nunca foi revelada e que trabalha agora na Cadillac, tinha avançado para o tribunal do trabalho do Reino Unido, contestando a inocência de Horner decretada por duas investigações internas da equipa.

Mensagens whatsapp traíram Horner
Vários jornalistas e chefes de equipas rivais de F1 receberam, de forma anónima, as mensagens de cariz sexual que Christian Horner terá enviado à funcionária, por WhatsApp. Numa das mais explícitas, Horner fala de uma viagem num jato privado para o Dubai onde a mulher o terá deixado «fora de controlo» e que ela lhe responde que, provavelmente, Horner teve de ir à casa de banho. Ele confirma e acrescenta que preferia que ela tivesse ido com ele.

Na altura, Horner foi considerado inocente das acusações de conduta sexual inapropriada, enquanto a mulher foi suspensa e posteriormente despedida, de acordo com a imprensa britânica por influência da ex-Spice Girl Geri Halliwell, mulher de Horner, que esteve sempre ao lado do ex-marido no processo, aparecendo publicamente em várias ocasiões quando o escândalo rebentou.

O julgamento estava previsto para janeiro de 2026, mas já não acontecerá.

O caso continua sob sigilo no Reino Unido devido a uma Reporting Restriction Order (Ordem de Restrição de Reportagem, em tradução livre), a pedido da defesa de Horner em abril de 2024, o que impede a imprensa britânica de publicar notícias sobre o processo.

Horner terá usado parte dos 91 milhões de euros que recebeu há poucas semanas da Red Bull, quando chegou a acordo para antecipar o fim do contrato que ligava as partes até 2030.

Com estes dois acordos que permitem arrumar a sua vida, Christian Horner está finalmente livre para regressar à F1 e, nos últimos dias, não faltam movimentações nesse sentido e Aston Martin, Haas e Alpine surgiram como possíveis destinos para o britânico.