Helena Pires, CEO da FPF, em entrevista com o jornalista Irene Palma
Helena Pires, CEO da FPF, em entrevista com o jornalista Irene Palma

Helena Pires explica procedimento em curso na FPF: «A auditoria é fundamental» 

CEO da FPF defende que tem de se saber como foi feito no passado para abraçar o futuro

— A Federação iniciou uma auditoria alargada. Onde é que sente que estão hoje os maiores pontos de fragilidade ou desperdício?

— Chegados aqui, impunha-se fechar o ciclo. E, portanto, fecha-se o ciclo percebendo onde é que estamos. Esta análise era importante. A auditoria dá-nos orientações, ajudar-nos-á a fechar muitas portas ou talvez não. Veremos o que é que vem aí, mas há uma coisa que nos vai trazer que é as melhores práticas. Isto para nós é fundamental, é o nosso ponto de partida e não poderia ser outro. Era fundamental fazer esta auditoria, perceber os resultados da auditoria e perceber para onde é que nós estamos a caminhar. Entretanto, já começámos nós próprios a traçar aqui os nossos passos. Nós somos pessoas de procedimentos, a equipa do presidente Pedro Proença é uma equipa fantástica, que está habituada a trabalhar com processos. Não é fácil trazer processos, mas eles estão a acontecer devagarinho, mas a bom ritmo. É fundamental este passo da auditoria porque estabiliza o passado e remete-nos para o futuro.  

— A auditoria vai focar-se apenas na eficiência interna ou vai também analisar contratos, parcerias, modelos de governança e estruturas de decisão?

—- Tem a ver com tudo. A auditoria tinha de ser feita desde A a Z, porque não poderia ser de outra forma. É uma casa nova, uma casa que viemos conhecer e temos que conhecer com as coisas boas, com as coisas menos boas, para que também nós nos orientemos naquilo que são as nossas decisões de futuro.

Helena Pires, nova CEO da FPF, na Cidade do Futebol Foto: Miguel Nunes

É fundamental este passo da auditoria porque estabiliza o passado e remete-nos para o futuro

— E quando os resultados forem conhecidos, vão ficar internamente na FPF ou quer que sejam públicos?

— A seu tempo veremos. Ainda estão a decorrer as auditorias e consoante aquilo que forem os resultados, evidentemente, muitas coisas seguramente serão tratadas internamente, possivelmente outras não. Mas, nós temos de dar contas aos nossos associados, e seguramente em Assembleia Geral teremos que prestar as contas daquilo que são os resultados da auditoria e, se tiver que ser, obviamente, com toda a transparência, falaremos.

— Poderá haver uma reestruturação depois dessa auditoria?

— O modelo de governação está estabelecido, está vincado e cicatrizado, e é eficiente. Agora, nós temos que perceber o estado de situação de muitas coisas que foram acontecendo e a auditoria é fundamental.