Hamilton e o futuro: «Haverá algumas lágrimas...»
Lewis Hamilton reconheceu que a primeira temporada na Ferrari está a ser uma das mais difíceis da carreira. O heptacampeão mundial, que trocou a Mercedes pela Scuderia italiana após 12 anos, ainda não conseguiu subir ao pódio em corridas principais ao fim de 13 das 24 provas da temporada 2025.
Falando aos jornalistas antes do Grande Prémio da Hungria, o último antes da pausa de verão, Hamilton confessou que precisa de tempo para descansar e refletir: «As últimas épocas foram difíceis à sua maneira. Esta foi, definitivamente, a mais intensa, diria, do ponto de vista do trabalho. Integrar-me numa nova cultura e numa nova equipa… nem tudo correu bem, tem sido uma verdadeira batalha.»
«Preciso de me afastar e recarregar, estar com os miúdos, rir, libertar. Tenho a certeza que vai haver algumas lágrimas, e acho que isso é saudável», afirmou.
O piloto britânico, de 40 anos, tem sentido dificuldades em afirmar-se no novo ambiente, estando 30 pontos atrás do colega Charles Leclerc, que já conquistou cinco pódios em 2025. A exibição mais marcante pela Ferrari aconteceu no GP da China, na segunda ronda da temporada, quando venceu a corrida Sprint e conquistou a pole position, mas momentos positivos têm sido raros desde então.
«Adoro vestir o vermelho»
Apesar dos resultados aquém das expectativas, Hamilton mantém-se motivado e confiante no potencial da Ferrari.
«Estou sempre entusiasmado para correr. Adoro o que faço, adoro vestir o vermelho, A e acredito muito nela. É difícil de explicar. Já sentia isso muito na minha equipa anterior. Com o tempo, constróis essa camaradagem e vejo essa paixão nesta equipa – e adoro isso», disse.
Hamilton está também empenhado em impulsionar mudanças internas na Ferrari para tentar terminar com a seca de títulos que dura desde 2008. «Tudo o que quero é contribuir o melhor que posso. Claro que tenho de o fazer, sobretudo, na pista – e nem sempre estou a conseguir isso – mas também fora dela, nos bastidores.»
Com metade da temporada ainda por disputar, Hamilton promete não baixar os braços e continuar a lutar para devolver a Ferrari ao topo.