Guardiola e a pressão: «Não imaginas o quanto me pagam»
Parecia impensável há uns tempos, mas a verdade é que o Manchester City não ganha um jogo de futebol desde 26 de outubro. Nos últimos seis jogos, os citizens perderam cinco (incluindo uma derrota frente ao Sporting por 4-1) e empataram um.
Apesar do mau momento, o treinador da formação inglesa, Pep Guardiola, acredita que se trata de uma fase que estará prestes a terminar: «Nunca pensei que, quando ganhávamos e ganhávamos, isso fosse durar para sempre. Também acreditei que este momento chegaria: 'Isto também há-de passar'.»
Sobre a pressão que carrega e a imagem de autoflagelação que deixou contra o Feyenoord, depois de desperdiçar uma vantagem de 3-0 aos 75 minutos, disse: «Não imaginam o quanto me pagam! O salário vem com a pressão. Se não quiser essa pressão, demito-me, vou para casa e não tenho esse peso sobre os ombros. Todos os treinadores têm.»
«Não queres ser criticado? É injusto? Meu amigo, é o que é. Se não ganhares, as pessoas vão rir-se de ti, gozar contigo. Ainda mais pelo facto de ganharmos muito. Se não queres, vai para casa. É preciso orientar os jogadores, eu sou responsável por isso. Mas eu quero fazê-lo. No momento em que sentir: não me sigam, acabou ou estou cansado, então vou para casa», disse em declarações à Sky.
Sobre o jogo deste domingo, frente ao Liverpool, e os próximos encontros, Guardiola mostrou-se cauteloso e voltou a falar das lesões: «Gostaria de dizer que vamos ganhar em Anfield e depois os 20 jogos a seguir, mas, na situação em que estamos, não me parece. A única hipótese de isso acontecer é se o John Stones regressar, pois está lesionado e vai ficar de fora durante muito tempo, se o Rúben Dias regressar depois de um mês de paragem e se todos estiverem um pouco em forma, então sim.»
«Quero os jogadores de volta! É só isso que quero! O resto? O resto não me interessa. Gostava de perder a Premier League com os jogadores todos», concluiu.