Guarda-redes baleado reage: «Uma barbaridade, nem devia haver ali uma arma»
O futebol brasileiro proporcionou uma cena chocante na noite de quarta-feira, quando um polícia disparou uma bala de borracha sobre Ramón Souza, guarda-redes do Grêmio Anápolis, que, entretanto, reagiu à situação.
«O começo da discussão foi com o guarda-redes adversário com um dos nossos gandulas [apanha-bolas], que joga aqui nos sub-20. Houve uma discussão, uns empurrões, mas não chegou a vias de facto e foi quando os policias chegaram e um deles já estava todo alterado.», começou por explicar ao programa Seleção sportv, da Globo.
Era esse mesmo polícia que tinha a arma: «Um colega meu estava de costas e ele empurrou-o e apontou a arma ao rosto dele. Foi aí que eu disse: “Baixa a arma, baixa a arma”. Estava a defender um colega de equipa e foi aí que ele efetuou o disparo.»
Alvo de um tiro de bala borracha disparado por um policial dentro de campo, o goleiro Ramón Souza, do Grêmio Anápolis, falou ao Seleção sportv sobre o ocorrido: "A gente estava num ambiente de trabalho, não tinha nem motivo para ter arma lá dentro" pic.twitter.com/6z8oo1oa7L
— ge (@geglobo) July 11, 2024
Ramón Souza ficou depois visivelmente emocionado ao explicar o impacto que isto terá na sua carreira: «A minha família sabe por aquilo que passei. Agora, é trabalhar para voltar o quanto antes.»
«Espero que a justiça seja feita (…) não houve motivo aparente para ele… todos estavam num ambiente de trabalho, não havia motivo nem para haver uma arma ali dentro e ele chegou e fez uma barbaridade dessas e acabou por me atrapalhar a carreira», lamentou o jogador.