Goleador João Neves brilha na vitória do PSG contra osso duro de roer

Médio luso já é o melhor marcador dos parisienses esta época. Chevalier segurou campeões em título nos momentos de maior aperto

O PSG regressou à liderança da Ligue 1, graças a uma vitória difícil em casa diante do Le Havre por 3-0. João Neves marcou o sexto golo em cinco jogos e já é o máximo goleador dos parisienses esta época. Chevalier foi importante em vitória de uma equipa já com a cabeça na UEFA Champions League.

Nuno Mendes regressou à competição, após ter falhada os últimos compromissos da Seleção Nacional devido a uma entrose no joelho esquerdo sofrida contra o Bayern, a 4 de novembro. O lateral esquerdo foi escolha inicial de Luis Enrique, tal como João Neves, Vitinha e Gonçalo Ramos.

O avançado luso esteve em evidência nos primeiros dez minutos da partida, quando, após assistência primorosa de peito de João Neves, rematou na pequena área para uma enorme defesa de Mory Diaw. Didier Digard orquestrou um Le Havre coeso que não teve problemas em pressionar a saída de bola parisiense e que aproveitou os espaços existentes nas costas de Nuno Mendes. Aos 16', o extremo marroquino Ketcha teve todo o espaço do mundo para inaugurar o marcador, mas deslumbrou-se cara a cara com Chevalier.

O guardião francês voltou a ser decisivo aos 27', quando evitou o golo inaugural de Ebonog com um voo picado que resgatou a bola em cima da linha. Pelo meio, Sangante quase assistiu inadvertidamente Mbaye, mas Lloris salvou o lance com um corte in extremis.

O PSG apresentou-se numa noite fria no Parque dos Príncipes em modo gestão, de olho na receção ao Tottenham, na quarta-feira, mas não esqueceu que precisava de vencer para reclamar a liderança da Ligue 1. Nuno Mendes cruzou para a grande área, Gonçalo Ramos não conseguiu fintar a marcação para responder e a bola sobrou para o segundo poste, onde estava Kang-In Lee, pronto para inaugurar o marcador aos 29'.

O golo marcado não embalou o PSG para uma exibição mais colorida, mas a entrada em campo de Barcola, aos 55', permitiu pintar com mais irreverência um quadro manifestamente cinzento. O Le Havre, ainda assim, foi a equipa que esteve mais perto de pintar uma obra de arte. Zouaoui, na marcação de um pontapé livre direto obrigou Chevalier a rubricar uma defesa apertada, aos 61'.

A confiança visitante no golpe de teatro sofreu um duro golpe com autoria lusa. Barcola tremeu na cara de Diaw, e atirou a recarga contra a defesa do Le Havre, mas João Neves encontrou o ângulo certo para ampliar a vantagem parisiense, aos 66'.

O sexto golo do médio luso nos últimos cinco jogos foi um balão de oxigénio que Soumare esteve perto esvaziar. O remate da referência ofensiva do Le Havre esbarrou, ainda assim, no poste esquerdo da baliza do PSG.

Barcola transformou o panorama ofensivo parisiense e, antes do apito final, conseguiu o tão desejado e merecido golo. O internacional francês, na cara de Diaw, fechou as contas em 3-0, aos 85'.

O resultado traduz uma vitória justa, mas difícil do PSG contra o Le Havre que jogou sem amarras no Parque dos Príncipes. Os parisienses regressam ao topo da Ligue 1, passando a somar 30 pontos, mais dois do que Marselha e Lens.